Gripe aviária: ministro da agricultura decreta estado de emergência

23 maio 2023
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O país está em estado de emergência zoossanitária devido a contaminações de aves silvestres pela gripe aviária de alta patogenicidade, ou seja, que pode causar graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade. A medida do Ministério da Agricultura e Pecuária foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta segunda-feira (22/5), e é válida por 180 dias.
O texto também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomerações de aves. Além disso, criadouros de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior também estão, temporariamente, interditados. A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.
A declaração de estado de emergência acontece após a confirmação de mais três casos de H5N1 em território nacional. Até o momento, oitos aves silvestres já foram contaminadas pela cepa mais grave do vírus, sendo sete no Espírito Santo e uma no Rio de Janeiro. 
Na tarde desta segunda-feira (22/5), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou três novos casos positivos para a gripe aviária. Os testes estavam sendo analisados desde a última semana. 
“A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais - nas três instâncias: federal, estadual e municipal - e não governamentais. Todos esses processos são para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessários para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, explica o ministro Carlos Fávaro.
Vale ressaltar que não é recomendado que aves doentes ou mortas sejam recolhidas pela população. Nesses casos, a orientação é acionar o serviço veterinário ou de zoonose mais próximo para evitar que a doença se espalhe.

Contaminação humana 

De acordo com o MAPA, a infecção de humanos pelo vírus acontece, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. Assim, a pasta reforça o pedido para que, caso aves doentes sejam encontradas, a população acione o serviço veterinário local. “Não se deve tocar nem recolher aves doentes. A doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos." 
Até o último sábado (20/5), dois casos suspeitos de humanos contaminados pela doença estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde. Os pacientes são residentes do Espírito Santo e não tiveram as idades informadas. As amostras de sangue foram coletadas e enviadas para o laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Conforme o protocolo de vigilância sanitária, os pacientes estão isolados e sendo monitorados por equipes de saúde. 
Como o Estado de Minas informou, na última quarta-feira (17/5), o Ministério da Saúde informou que 33 funcionários do Parque da Fazendinha, também no estado capixaba, tiveram que ser testados para a doença, após uma ave contaminada ser encontrada no local. Um deles, estava em observação, por apresentar sintomas respiratórios. Todos os exames atestaram negativo para o H5N1. 
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. Atualmente, o mundo tem passado por uma pandemia da doença. A maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou silvestres locais. 

Saiba em quais cidades foram registrados casos de aves contaminadas pelo H5N1:

Marataízes (ES)Cariacica (ES)Vitória (ES) Nova Venécia (ES)Linhares (ES) Itapemirim (ES) São João da Barra (RJ)

FONTE: Estado de Minas


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