Corrida à Casa Branca ofusca visita de Biden à Flórida

02 set 2023
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A disputa pela Casa Branca em 2024 interferiu na visita do presidente americano, Joe Biden, à Flórida, neste sábado (2), após a passagem do furacão Idalia, depois que o governador do estado e pré-candidato à Presidência, o republicano Ron DeSantis, esnobou o chefe do Executivo democrata.

"Não sei. Ele não estará lá", disse Biden ao ser perguntado o que tinha acontecido com uma reunião com DeSantis, que tinha confirmado previamente à imprensa.

Na sexta-feira, o gabinete de DeSantis informou aos jornalistas que os requisitos de segurança de uma visita presidencial interromperiam os trabalhos de recuperação e que não havia planos para os dois se encontrarem.

"Queremos nos assegurar de que a restituição da energia continue, que os esforços de socorro continuem", disse o governador durante coletiva de imprensa.

Biden visitou a cidade de Live Oak neste sábado, onde inspecionou de helicóptero os danos provocados pela tempestade, que atingiu a costa da Flórida na quarta-feira como um furacão "extremamente perigoso", antes de se reunir com socorristas e funcionários locais em uma escola de ensino fundamental.

Grandes árvores, galhos quebrados e placas destruídas foram vistos ao longo do trajeto por onde passou a caravana presidencial, evidenciando o poder destrutivo do furacão Idalia, que deixou um morto na Flórida e outro na Geórgia.

O presidente e a primeira-dama, Jill Biden, se encontraram com moradores abrigados na escola, aos quais cumprimentaram e tiraram fotos com as vítimas da tempestade.

"Como disse ao seu governador, se houver algo de que seu estado precise, estou pronto para mobilizar esse apoio", disse Biden durante uma coletiva posterior. "Estaremos com vocês até que o trabalho esteja concluído", acrescentou.

DeSantis está na disputa à indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024, embora sua campanha tenha enfrentado dificuldades e as pesquisas o situem muito atrás do favorito, o ex-presidente Donald Trump.

Biden, enquanto isso, que amarga índices de aprovação baixos e trava uma dura batalha contra a percepção de que, aos 80 anos, é velho demais para aspirar a um segundo mandato, não entrou em detalhes sobre a ausência de DeSantis.

"Bom, não, não estou decepcionado", disse.

"Pode ser que ele tenha tido outros motivos, mas nos ajudou a planejar isto. Sentou-se com a FEMA [Agência Federal de Gestão de Emergências] e decidiu aonde devíamos ir, onde haveria menos contratempos", acrescentou.

Biden apontou a presença do senador republicano pela Flórida Rick Scott como um sinal "tranquilizador" de que os líderes deste estado do sul e as autoridades federais estão trabalhando juntos.


FONTE: Estado de Minas


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