Emirados Árabes querem ‘minimizar’ críticas na COP28, afirma ONG

01 set 2023
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Os Emirados Árabes Unidos, país organizador da COP28 deste ano, querem "minimizar" as críticas sobre as violações aos direitos humanos em seu território, afirmou uma ONG, baseando-se em uma gravação, nesta sexta-feira (1º).

A conferência da ONU sobre o clima, entre final de novembro e início de dezembro em Dubai, um dos sete membros da Federação dos Emirados, suscita críticas de defensores dos direitos humanos e dos ativistas ambientais, por ser um grande exportador de hidrocarbonetos.

"Os Emirados planejam 'anular e minimizar' na COP28 as críticas sobre as violações aos direitos humanos", disse em um comunicado o Centre for Climate Reporting, um grupo especializado de jornalismo investigativo com sede em Londres.

A ONG garante ter obtido uma gravação de uma "reunião preparatória" na qual a equipe encarregada de organizar o evento internacional discute com funcionários de alto escalão dos Emirados Árabes sobre a importância de "preservar" a imagem do país, advertindo que os ativistas tentarão "aproveitar a oportunidade" para atacá-la.

Os organizadores da COP28, consultados pela AFP, negaram-se a "comentar gravações não verificadas".

A AFP não conseguiu verificar a autenticidade das gravações.

O áudio contém as palavras de Sconaid McGeachin, diretora britânica de comunicações da COP28, explicando que sua equipe havia preparado uma lista de possíveis "perguntas hostis", e o comentário de uma autoridade dos Emirados afirmando que "não é obrigatório" respondê-las, caso não se refiram ao clima, segundo a ONG.

Em um comunicado, a Anistia Internacional denunciou as tentativas dos Emirados de "sufocar o debate na COP28".

Tanto a Anistia como a Human Rights Watch multiplicaram os pedidos de liberdade de dezenas de opositores e defensores dos direitos humanos, que, segundo elas, foram presos injustamente no país.

O país do Golfo assegura que as "reuniões pacíficas" serão autorizadas no âmbito da COP28. As manifestações são habitualmente proibidas.


FONTE: Estado de Minas


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