Separatistas armênios de Nagorno-Karabakh afirmam que estão negociando retirada de tropas

22 set 2023
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Os separatistas armênios de Nagorno-Karabakh afirmaram nesta sexta-feira (22) que estão negociando a retirada de suas tropas do enclave, depois que o Azerbaijão reivindicou o controle da região após uma ofensiva militar relâmpago.

"Negociações estão em curso com a parte azerbaijana, com a mediação dos soldados russos de manutenção da paz, para organizar o processo de retirada das tropas e garantir o retorno para casa dos cidadãos deslocados pela agressão militar", afirma um comunicado divulgado pelas autoridades do enclave separatista.

As partes também estão discutindo "o procedimento de entrada e saída dos cidadãos" de Nagorno-Karabakh, que tem ligação com a Armênia por uma única rodovia, o corredor de Lachin, acrescenta a nota.

O governo do Azerbaijão e os separatistas armênios realizaram na quinta-feira a primeira rodada de negociações para a "reintegração" do enclave, que terminou com o anúncio de que outra reunião acontecerá em breve.

Os separatistas se comprometeram a entregar as armas como parte de um acordo de cessar-fogo que acabou com a ofensiva de um dia do Azerbaijão na região de maioria armênia.

Os civis da região (120.000 pessoas) afirmam que enfrentam escassez de serviços básicos.

As tropas do Azerbaijão cercaram Stepanakert, capital da região separatista de Nagorno-Karabakh, enclave do qual reivindicaram o controle após uma operação relâmpago, disse uma porta-voz dos separatistas armênios à AFP nesta sexta-feira.

"A situação em Stepanakert é horrível, as tropas azerbaijanas cercaram a cidade, estão na periferia", disse Armine Hayrapetyan, porta-voz do "governo" deste território separatista habitado maioritariamente por armênios.

"As pessoas temem que os soldados azerbaijanos possam entrar na cidade a qualquer momento e começar a matança", acrescentou.

"Não há eletricidade, gás, alimentos, gasolina, conexão de Internet, ou telefônica", disse Hayrapetyan.

"As pessoas estão se escondendo nos porões".


FONTE: Estado de Minas


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