Delegação da Arábia Saudita está no Iêmen para negociações de paz

09 abr 2023
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Uma delegação da Arábia Saudita está em Sana, capital do Iêmen controlada por rebeldes, neste domingo (9) para negociar um novo cessar-fogo com os insurgentes houthis apoiados pelo Irã, de acordo com dois diplomatas.

A delegação está "em Sanaa para falar sobre como avançar em direção à paz no Iêmen", declarou um diplomata iemenita radicado na região do Golfo. A informação também foi confirmada por outro diplomata.

As autoridades sauditas não responderam de imediato a um pedido de comentário da AFP.

A chegada de uma delegação saudita a este país da península arábica devastado por mais de oito anos de guera acontece em um momento de aproximação da Arábia Saudita, que apoia o governo contra os houthis, com o Irã, que apoia os rebeldes.

Depois de romper seus vínculos em 2016, Arábia Saudita e Irã, países de religião sunita e xiita, respectivamente, anunciaram em março o restabelecimento de relações diplomáticas, após uma negociação mediada pela China.

Os ministros das Relações Exteriores dos dois países se reuniram em Pequim na quinta-feira e concordaram em trabalhar juntos para proporcionar "segurança e estabilidade" a sua turbulenta região.

Um grupo de mediadores do Omã, vizinho do Iêmen e da Arábia Saudita, também chegou à capital iemenita no sábado.

Sanaa foi capturada pelos rebeldes houthis em 2014, o que desencadeou uma intervenção militar liderada por Riad para apoiar o governo local.

Desde então, o conflito deixou centenas de milhares de mortos e provocou deslocamentos em larga escala, uma das crises humanitárias mais graves do mundo.

Há quase um ano, os dois lados anunciaram uma trégua que reduziu significativamente as hostilidades e continua sendo respeitada em grande medida, apesar de ter expirado em outubro.

Uma fonte do governo iemenita afirmou no sábado à AFP, sob a condição de anonimato, que os dois lados concordaram em aplicar um cessar-fogo de seis meses para permitir três meses de negociações com o objetivo de estabelecer um período de "transição" de dois anos no país.


FONTE: Estado de Minas


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