Delegado e investigador envolvidos no caso de escrivã encontrada morta são novamente transferidos

12 jul 2023
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Itamar Cláudio Netto e Celso Trindade de Andrade são apontados pela família de Rafaela Drumond como responsáveis pelos assédios sofridos por ela. Investigação oficial ainda não cita nomes. Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que morreu em Barbacena

Reprodução/Redes Sociais

O delegado Itamar Cláudio Netto e o investigador Celso Trindade de Andrade, envolvidos no caso da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta no mês passado, foram novamente transferidos de unidade. Em 22 de junho, eles já haviam sido deslocados de Carandaí para Conselheiro Lafaiete.

As mudanças foram oficializadas em publicação desta quarta-feira (12). O delegado Itamar Cláudio Netto passa a atuar na unidade de Belo Vale, enquanto o investigador Celso Trindade de Andrade, em Congonhas, ambas as cidades na Região Central de Minas Gerais.

As duas transferências foram por "ex officio" – ou seja, por determinação da Administração Pública.

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que as transferências "são realizadas de acordo com princípios e critérios legais que regem a Administração Pública". Salientou que as investigações seguem em curso e que "mais informações serão repassadas ao final do inquérito policial".

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Envolvimento no caso

Em 29 de junho, Itamar e Celso prestaram depoimento sobre o caso. Em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no último dia 7, a família de Rafaela Drumond pediu o afastamento da dupla, argumentando que há uma testemunha chave sobre o caso lotada em Conselheiro Lafaiete, onde eles atuavam até esta última atualização.

Apesar disso, a Polícia Civil não informou oficialmente quem são os investigados no caso.

"Estamos estarrecidos, indignados, revoltados. [...] Belo Vale e Congonhas ficam em torno de 20, 30 minutos da cidade de Carandaí. Ambos tinham que estar afastados, eles não podem estar trabalhando, isso interfere na investigação", disse Raquel Fernandes, advogada da família de Rafaela Drumond.

A família de Rafaela, após ter conhecimento dos áudios e vídeos deixados por ela, atribui os assédios ao delegado Itamar Cláudio Netto e ao investigador Celso Trindade de Andrade. Nos materiais deixados, entretanto, a escrivã não citou o nome deles.

Caso Rafaela Drumond

Rafaela Drumond foi encontrada morta pelos pais na noite de 9 de junho, em um distrito na cidade de Antônio Carlos, na Zona da Mata. O caso foi registrado como suicídio.

A morte passou a ser investigada depois que a corregedoria informou que a jovem havia denunciado assédio moral e sexual na delegacia em que trabalhava com de Itamar e Celso, na cidade de Carandaí.

A partir disso, a polícia começou a investigar a possibilidade de indução ao suicídio.

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FONTE: G1 Globo

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