Esquema de R$ 1 bi: delegado mineiro preso por tráfico ganha liberdade

28 jun 2023
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O delegado da Polícia Civil em Juiz de Fora Rafael Gomes, preso em outubro do ano passado suspeito de integrar um grupo criminoso que pode ter movimentado R$ 1 bilhão, segundo dados do Ministério Público, teve a liberdade provisória concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
 
A informação foi confirmada à reportagem nesta quarta-feira (28/6) por Luiz Eduardo Lima, um dos advogados de defesa do delegado responsável por impetrar recurso em habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), julgado pelo ministro Sebastião Reis da 6ª turma do STJ. 
 
Até o fechamento desta publicação, Gomes, que atuava como titular da Delegacia Especializada de Narcóticos, seguia preso na Casa de Custódia da instituição policial, em Belo Horizonte. Segundo a defesa, a expectativa é de que ele possa ser solto nas próximas horas. Nesse sentido, o advogado requereu o cumprimento da ordem perante o juízo da 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora. 

Procurarada pela reportagem, a assessoria do STJ disse que o caso tramita sob segredo de justiça, não sendo possível prestar informações a respeito. 

 

Relembre o caso

A Operação Transformers, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 20 de outubro de 2022, resultou na prisão do delegado e outros seis investigadores. Segundo o promotor Thiago Fernandes de Carvalho, a investigação durou cerca de dois anos. 
 
As autoridades cumpriram na ocasião 61 mandados de busca e apreensão, 148 de sequestro de veículos e dez de sequestro e indisponibilidade de imóveis, além de apreensão e indisponibilidade financeira de R$ 55 milhões. Foram expedidos ainda 31 mandados de prisão. Todos ocorreram nas cidades de Juiz de Fora, Esmeraldas, Três Corações e Botelhos.
 
Inicialmente foi identificado que o grupo roubava carros, retirava as peças e montava novos veículos, que abasteciam o tráfico de drogas. “Não estamos falando de um tráfico de drogas de pontos de drogas. Estamos tratando de um tráfico mais volumoso, que abastece mercado e tem ramificações em todo território nacional”, explicou à época, destacando a existência de “lavagem de dinheiro com muitos shows artísticos em Juiz de Fora, comércio de roupas, varejo, alimentos, entre outros”. 
 
O delegado e os agentes da Polícia Civil atuavam divulgando informações privilegiadas para outros membros da organização criminosa. Logo, a suspeita do Ministério Público é que nos últimos cinco anos o grupo possa ter movimentado uma quantia próxima a R$ 1 bilhão.

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FONTE: Estado de Minas

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