EUA: diálogo com a China é essencial para reduzir chances de conflito

03 jun 2023
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O diálogo entre os Estados Unidos e a China "é essencial" para evitar erros de cálculo que possam levar a um conflito, disse o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, neste sábado (03), depois que Pequim recusou uma reunião formal entre ele e seu par chinês.

Austin e Li Shangfu apertaram as mãos e se falaram brevemente pela primeira vez no jantar de abertura de uma reunião de cúpula de defesa em Singapura na noite anterior, mas a interação ficou aquém da expectativa do Pentágono.

O chefe da Defesa americana faz um giro pela Ásia que já o levou ao Japão e incluirá uma visita à Índia, parte de um esforço de autoridades americanas para consolidar alianças e parcerias na região com o objetivo de enfrentar Pequim.

"Os Estados Unidos acreditam que linhas abertas de comunicação com a China são essenciais, principalmente entre nossas defesas e líderes militares", disse Austin na reunião de cúpula. "Quanto mais nos falarmos, mais poderemos evitar mal-entendidos e erros de cálculo que podem levar a crises ou conflitos."

Os Estados Unidos haviam convidado Li para um encontro paralelo à reunião, mas Pequim recusou o convite, com uma porta-voz justificando que "os EUA sabem claramente por que existem dificuldades na comunicação militar atualmente".

Li foi sancionado pelo governo americano em 2018, por comprar armas russas, mas o Pentágono afirma que isto não impede Austin de tratar de assuntos oficiais com ele.

Austin criticou Pequim por conduzir "um número alarmante de interceptações arriscadas de aeronaves americanas e aliadas que sobrevoaram legalmente o espaço aéreo internacional", incluindo uma na semana passada. Militares da China alegaram que o avião americano invadiu uma área de treinamento militar.

A tensão entre Washington e Pequim aumentou neste ano, devido a questões como Taiwan e um suposto balão espião chinês abatido por um avião de guerra americano após atravessar os Estados Unidos. Outro ponto crítico recente foram os microchips de última geração, com Pequim afirmando, no mês passado, que a gigante americana dos semicondutores Micron havia falhado em uma revisão de segurança nacional e não teria permissão para vender a operadores de "infraestrutura de informação crítica".

O anúncio veio depois que Washington e seus aliados tomaram medidas, nos últimos meses, que a China alegou terem sido pensadas para restringir sua capacidade de comprar ou fabricar chips de ponta e conter seu poder global crescente.

Austin ressaltou na reunião de cúpula que os Estados Unidos "permanecem profundamente comprometidos com a manutenção do status quo no Estreito de Taiwan e "continuarão se opondo categoricamente a mudanças unilaterais no mesmo".


FONTE: Estado de Minas


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