Mães de desaparecidos anunciam descoberta de sacos com restos mortais no México

14 jun 2023
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Um grupo de mães que busca pessoas desaparecidas anunciou nesta quarta-feira(14) a descoberta de cerca de 27 sacos com restos mortais em uma cova clandestina em Jalisco, oeste do México.

A descoberta ocorreu na terça-feira em um morro em Tlajomulco de Zúñiga, subúrbio da cidade de Guadalajara, onde várias covas similares foram encontradas.

Até o momento, o Ministério Público de Jalisco não confirmou a descoberta nem o número de corpos nos sacos.

Jalisco é o estado mexicano com maior número de pessoas desaparecidas, cerca de 15.000 das 110.949 registradas em todo o país desde 1962. Segundo especialistas em segurança, os desaparecimentos estão relacionados principalmente às disputas entre cartéis do narcotráfico.

"Percebemos que havia sacos aparentemente com partes de corpos humanos. Pelo que conseguimos ver, eram pouco mais de 27 sacos", disse à AFP Índira Navarro, representante do grupo Madres Buscadoras de Jalisco, um dos vários "coletivos" que seguem o rastro de pessoas desaparecidas no país.

Navarro afirmou que o grupo encontrou os restos após receber uma ligação anônima que alertou para sua possível existência.

Descobertas deste tipo são comuns no México. Autoridades estimam que muitos dos desaparecidos em todo o país estejam enterrados em covas clandestinas.

"Sempre reclamamos da falta de empatia das autoridades, da negligência, é preciso um caso midiático para que atendam com rapidez", criticou Navarro.

No início de junho, foram encontradas 45 sacos com restos mortais em Zapopan, também no subúrbio de Guadalajara. As autoridades confirmaram que correspondiam a oito trabalhadores de um call center registrados como desaparecidos.

De dezembro de 2018 a abril de 2023 foram descobertas 136 fossas clandestinas com 1.573 corpos em Jalisco.

Desde 2006, quando México lançou uma ofensiva antidrogas com participação militar, mais de 350.000 homicídios foram registrados, a maioria atribuída por autoridades à violência do narcotráfico.


FONTE: Estado de Minas


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