Mais de 5.900 são removidos de áreas alagadas após destruição de represa na Ucrânia

07 jun 2023
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Mais de 5.900 pessoas foram evacuadas das áreas inundadas após a destruição da represa de Kajovka, no sul da Ucrânia, informaram, nesta quarta-feira (7), as autoridades ucranianas e da ocupação russa. Cada lado controla uma das margens do rio Dnieper na região.

"A evacuação da população continua na região de Kherson. Nossos socorristas, policiais e voluntários já evacuaram 1.894 cidadãos", disse o ministro ucraniano do Interior, Igor Klymenko, à televisão.

De acordo com ele, 30 localidades estão inundadas, das quais dez são russas.

"Até o momento, não há informações sobre mortos ou feridos", afirmou anteriormente um porta-voz dos serviços de emergência, Oleksandr Khorunzhyi, acrescentando que o nível das águas na cidade de Kherson havia subido 5 metros.

As autoridades instaladas pela Rússia anunciaram que até agora removeram "mais de 4.000 pessoas".

"A acomodação dos habitantes da região de Kherson afetados pelas inundações está sendo realizada, entre outros, em centros temporários", disse Vladimir Saldo, chefe da ocupação russa na região, pelo Telegram.

Jornalistas da AFP viram, nesta quarta-feira, em bairros de Kherson, os moradores evacuados com seus animais de estimação e alguns pertences a bordo de barcos e veículos anfíbios.

A destruição desta represa pelas forças russas causará "uma das piores catástrofes ambientais das últimas décadas", criticou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.

"Dezenas de cidades e vilas enfrentarão problemas de água potável e acesso ao abastecimento de água para irrigação", queixou-se o líder em um discurso remoto durante uma reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Tatyana Kuzmich, vice-governadora da região de Kherson, relatou que 38 pessoas tiveram que ser resgatadas dos telhados de suas casas. Outros moradores ainda estavam presos em situações semelhantes.

Aproximadamente 350 pessoas estavam em abrigos temporários, acrescentou.


FONTE: Estado de Minas


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