Ministério Público pede extradição de assassino de mulher em Ipatinga

17 ago 2023
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu, no final da tarde de quarta-feira (16/8), ao governo da Colômbia, a extradição de Alef Teixeira de Souza, de 29 anos.

Ele é suspeito de matar Rafaela Miranda Sales, de 34 anos, com quem estava tendo um relacionamento, em 28 de abril deste ano, em Ipatinga, no Vale do Aço.

O feminicídio aconteceu com crueldade, uma vez que a vítima tinha sido dopada, antes de ser morta por estrangulamento, segundo a Polícia Civil. O pedido de extradição do réu é para que ele possa responder às ações penais no Brasil.

Alef estava no Alerta Vermelho da Interpol, não só pelo crime de feminicídio, mas também por uma tentativa de assassinato de outra mulher, em São Paulo, em 2021, e também por responder a crimes de tráfico de drogas.

Houve, inclusive, um desencontro de informações sobre Alef, a partir da Polícia Federal da Costa Rica, que primeiro informara que ele tinha sido preso, em função do alerta da Interpol, no último dia 13. No dia seguinte foi repassada a informação de que ele tinha sido solto e preso novamente, naquele país, quando tentava embarcar para a Colômbia, tendo sido flagrado no aeroporto, depois de ter sido seguido ao ser libertado.

Na verdade, não houve tal perseguição. Alef foi direto para o aeroporto de San Jose e embarcou para Bogotá. A informação foi passada pelo serviço de imigração daquele país para a polícia costarriquenha. 

Foi novamente o alerta da Interpol que fez com que Alef fosse novamente preso, ao desembarcar na Colômbia, informação que também foi repassada ao governo brasileiro e às polícias Civil de Minas Gerais e Federal. A partir dessa informação, o Ministério Público está pedindo a extradição, que não tem data para acontecer.

A libertação de Alef, na Costa Rica, aconteceu em função de a legislação do país não autorizar prisões decorrentes de decisões de países estrangeiros. Assim, o réu deixou a Costa Rica e se deslocou até a Colômbia, onde foi detido na terça-feira (15/8).

O que aconteceu

Nas apurações sobre o assassinato de Rafaela, a Polícia Civil detectou que Alef e a vítima mantinham um relacionamento amoroso conturbado, marcado por constantes agressões, que na maioria das vezes eram presenciadas pelas duas filhas da mulher.

Descobriu-se que, depois de matar Rafaela, Alef apossou-se das redes sociais da vítima e, passando-se por ela, enviou aos familiares mensagens e vídeos afirmando que estava tudo bem. Pouco tempo depois, usando o perfil dele no Instagram, Alef comunicou à família sobre a morte da mulher e, em seguida, desativou todas as redes sociais.

Alef foi denunciado pelo homicídio, com três qualificadoras: meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. As penas previstas são de 30 anos de reclusão, pelo feminicídio, e de cinco a 15 anos, por tráfico de drogas.

Fuga

Depois de ter matado Rafaela, Alef fugiu para o Uruguai. De lá, foi para o Paraguai, de onde partiu para a Costa Rica. Seu pensamento era escapar para os EUA, no entanto, acabou descoberto.

 


FONTE: Estado de Minas

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