Mulher enterrada viva: polícia identifica participação de terceiro suspeito

04 abr 2023
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Um terceiro suspeito de ter tentado matar uma mulher de 36 anos em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira, na última terça-feira (28/3), está sendo procurado pela polícia. O crime foi descoberto após coveiros de um cemitério da cidade encontrarem a vítima, ainda viva, enterrada em uma cova. 
Durante as investigações do caso, a Polícia Civil identificou o envolvimento de três pessoas. Dois homens de 20 e 22 anos já foram presos, eles tentavam fugir para o Rio de Janeiro, quando foram abordados pela corporação. O terceiro envolvido está foragido. As apurações apontam que ele estaria na cidade de Viçosa, também na Zona da Mata. 
Os suspeitos estão sendo investigados por tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe que seria a vingança. Além disso, uma linha de apuração que ainda não foi descartada é que o crime seria, também, qualificado como feminicídio, por se tratar de uma violência motivada pelo menosprezo pela vítima. 
De acordo com o delegado regional da Polícia Civil, Diego Cardian, os suspeitos já tinham passagem pela polícia quando ainda eram adolescentes, por atos infracionais análogos ao tráfico de drogas. Além disso, um dos suspeitos já havia sido preso por corrupção de menores, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. 

Relembre o caso 

Na manhã do dia 28 de março deste ano, funcionários do Cemitério Municipal de Visconde do Rio Branco, encontraram gotas de sangue em uma área interditada do local. Os coveiros perceberam, ainda, um sepulcro fechado com tijolo e cimento fresco.
Ao chegarem ao local, os militares ouviram uma voz baixa e fraca pedindo socorro vindo do túmulo e quebraram a lápide, que estava fechada com materiais de alvenaria. A mulher estava com um corte na cabeça, cortes pelo corpo e sinais de desidratação.
 
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e a vítima, encaminhada para o Hospital São João Batista. Ela deu entrada no Centro de Tratamento Intensivo da unidade, onde continuava internada com o quadro de saúde estável.
A mulher disse aos agentes ter guardado drogas e armas para a dupla, mas foi roubada antes de encontrá-los. Por isso, segundo ela, foi agredida fisicamente e levada ao cemitério.
 
A vítima relatou que dois homens encapuzados invadiram a casa dela e a agrediram. Ela disse ainda que estava com o marido no momento da abordagem, mas que ele conseguiu fugir, e ainda não foi localizado. A partir daí, a mulher disse não se lembrar de mais nada, até acordar no sepulcro. Ainda não há informações de quanto tempo ela ficou no local.

FONTE: Estado de Minas

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