Obrigado pela Justiça, George Santos revela nome de responsáveis por fiança

22 jun 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

O congressista americano de origem brasileira George Santos, acusado de lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e de mentir para o Congresso, entre outros crimes, revelou nesta quinta-feira (22), obrigado pela Justiça de Nova York, que seu pai e uma tia pagaram sua fiança.

Obrigado por dois juízes, o jovem congressista revelou que seu pai Gercino Dos Santos e sua tia Elma Preven foram os fiadores dos 500.000 dólares (cerca de R$ 2,4 milhões, na cotação atual) que garantiram sua liberdade condicional.

O republicano de 34 anos vinha tentando manter ocultos os nomes das pessoas que, no dia 10 de maio, data em que se tornou réu pela Justiça de Nova York, pagaram a fiança que lhe permitirá aguardar o julgamento em liberdade.

De acordo com um documento judicial, o acusado resistia a divulgar os nomes de seus fiadores alegando que os "ataques de ódio antigay e antirrepublicanos" dos quais ele disse ter sido vítima também poderiam se voltar contra essas pessoas.

Até agora, ele vinha afirmando que preferiria ir para a prisão a revelar os nomes de seus fiadores.

O pai e a tia compareceram ao tribunal da localidade de Central Islip, no estado de Nova York, que instrui o processo.

Nenhum dos dois teve que realizar efetivamente o pagamento ou aliená-lo com propriedades, bastou que se declarassem "pessoalmente responsáveis" de que o acusado se apresentaria ao tribunal e cumpriria as condições de sua fiança, segundo o New York Times.

A Promotoria acusa Santos de recorrer à "desonestidade e a fraudes reiteradas para ascender aos corredores do Congresso e enriquecer".

O legislador responde a 13 acusações criminais: sete por fraude eletrônica, três por lavagem de dinheiro, uma por apropriação de recursos públicos e duas por fazer declarações falsas à Câmara dos Representantes do Congresso.

O jovem político construiu uma imagem de candidato baseada em mentiras sobre sua formação, religião, experiência profissional, ativos e salários e, inclusive, sobre sua história familiar, pois disse que era descendente de judeus sobreviventes do Holocausto que fugiram do horror nazista durante a Segunda Guerra.

Até agora, ele tem se resistido a renunciar ao cargo de legislador, alegando que não cometeu nenhum ilícito, apesar da crescente pressão dos políticos democratas e de alguns representantes republicanos.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO