Prefeito de Araxá e outras 18 pessoas são indiciados por irregularidades

17 abr 2023
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta segunda-feira (17/4) que 19 pessoas – entre empresários e agentes políticos – foram indiciadas por irregularidades na Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária de Araxá, no Alto Paranaíba. 
 
A investigação concluída na última sexta-feira (14/4) traz à tona “um complexo esquema de corrupção na pasta”, conforme qualificado pela instituição policial. Entre os indiciados está o prefeito de Araxá, Robson Magela, que teria cometido crime de responsabilidade. 
 
Após sete meses de investigação a cargo da Delegacia de Combate a Crimes Rurais em Araxá, a PCMG diz que “identificou esquema que envolvia funcionários de um consórcio intermunicipal, empresários da cidade, prestadores de serviços públicos, funcionários públicos vinculados à secretaria, bem como conivência e participação direta do chefe do Executivo municipal”. 
 
Agora, o inquérito foi enviado ao Tribunal de Justiça em Belo Horizonte. Além do crime de responsabilidade atribuído ao prefeito, a polícia aponta que os indiciados cometeram corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e de documentos públicos ou privados, fraude em processo licitatório, fraude processual, estelionato, prevaricação e tráfico de influência, dentre outros crimes.  

Investigações

Em fevereiro, ainda durante as investigações, a Polícia Civil mineira informou que os então investigados teriam lesado os cofres do município por meio de pagamentos de serviços não prestados ou em duplicidade, superfaturamento de horas trabalhadas, desvio de combustível da prefeitura e recebimento de vantagem financeira para beneficiar empresas. 
 
Na ocasião, ao deflagrar a operação Ourímetro, a Polícia Civil afastou do cargo o secretário Municipal de Agricultura e Pecuária Wander Pruger e cumpriu mandados de busca e apreensão, sendo um deles na casa do prefeito. Também foram realizados 19 sequestros de bens e outros dois afastamentos de funcionários da prefeitura de Araxá.
 
Durante a fase de investigação, o Executivo disse que “uma Auditoria realizada pelo Controle Interno do Município, determinada pelo prefeito Robson Magela em novembro de 2022, apontou indícios de procedimentos ilegais cometidos na execução do contrato nº 328/2022 firmado entre o município de Araxá e o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Planalto de Araxá (Cimpla)”. O documento, ainda conforme o Executivo, teria sido entregue na ocasião aos órgãos competentes. 
 
Diante dos indiciamentos, o Estado de Minas entrou em contato novamente com a assessoria da prefeitura e aguarda retorno.

FONTE: Estado de Minas

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