Representante da UE critica incursão israelense em Jenin

08 jul 2023
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Um representante da União Europeia (UE) criticou Israel, neste sábado (8), por sua sangrenta incursão em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, uma operação que, segundo ele, põe em contradição a "proporção" do uso da força.

"Estamos preocupados com o envio de armas e sistemas de armamento que questionam a proporção do [uso da força] pelo exército durante a operação", declarou Sven Kuehn von Burgsdoff, representante da UE para os Territórios Palestinos, em Jenin.

O representante acompanhou uma delegação de funcionários das Nações Unidas e diplomatas de 25 países nessa cidade, onde o exército israelense realizou uma incursão de 48 horas esta semana que causou a morte de 12 palestinos e um soldado israelense.

Suas declarações ecoam as do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que afirmou na quinta-feira que os militares israelenses fizeram uso excessivo da força durante a operação, a maior que Israel já realizou em território palestino em anos.

"Este ciclo de violência deve acabar, não pode durar. Se não houver uma solução política para o conflito, estaremos aqui daqui a uma semana, daqui a um mês, daqui a um ano, sem nada ter mudado", afirmou o diplomata europeu.

O exército israelense implantou centenas de soldados, drones e tratores tanto na cidade quanto no campo de refugiados, um reduto de grupos armados palestinos.

Pelo menos 100 palestinos ficaram feridos na operação, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.

Representantes das Nações Unidas fizeram um apelo neste sábado para arrecadar fundos que ajudem a reconstruir o campo de refugiados, que sofreu danos graves.

Aproximadamente 18.000 pessoas vivem nesse local, que possui apenas 0,43 km².


FONTE: Estado de Minas


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