Vídeo: estudante que teve braço amputado faz vaquinha para comprar prótese

20 ago 2023
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Em pouco menos de três meses, o mundo da estudante de medicina Barbara Maia, 27 anos, sofreu uma reviravolta que quase tirou sua vida. Sofrendo o que ela achava ser apenas mais uma crise de asma, Barbara procurou um pronto-socorro no dia 8 de maio deste ano com muita falta de ar. Foi internada e intubada imediatamente e duas semanas depois teve o braço direito amputado. Recebeu alta hospitalar no dia 1º de agosto e agora comemora o que chama de “ressurreição”. Sua luta atual é conseguir comprar um braço biônico que vai ajudá-la a recuperar movimentos e realizar o sonho da vida: ser médica cirurgiã.
 
Barbara tem uma doença autoimune rara chamada de Síndrome do Anticorpo Anti-Fosfolípide (SAAF), que facilita a coagulação do sangue, o que pode provocar trombose. Foi o que aconteceu com Barbara, que teve nesse curto período uma trombose no braço direito, dois AVCs, além de problemas decorrentes do longo tempo de internação, como hemorragia intestinal e falência renal. “Eu praticamente morri e nasci de novo”, conta a estudante universitária, filha da secretária e artesã Dienni Simone de Souza Maia, 55 anos, e do vendedor de carros, Elinaldo Maia, que faleceu, em 2017, aos 55 anos, vítima de infarto. 
Barbara ficou desacordada no hospital por 36 dias. “Só quando acordei é que descobri que tinha sido amputada. Chorei demais, mas depois de encarar a morte, vejo o braço perdido só como um detalhe”, afirma a estudante, que lançou uma campanha de arrecadação no site vakinha.com.br, batizada de “Me ajude a conseguir a prótese do meu braço”. Estudante bolsista de medicina, ela precisa arrecadar R$ 480 mil, valor necessário para pagar a prótese articulada de última geração e também pagar os gastos necessários com a adaptação e fisioterapia.
 
 
 
 
“Quando descobrimos o valor ficamos desesperadas, pois não temos esse dinheiro e nem como conseguí-lo a não ser com doações”, conta Dienni, que tem outros dois filhos. Segundo ela, “com a graça de Deus”, Bárbara foi tratada com excelência na Santa Casa de Belo Horizonte, hospital que atende somente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), depois de ter que deixar o hospital particular em que foi internada inicialmente, por problemas com a carência do plano, “e com a graça de Deus vamos conseguir esse valor”.  
 
A própria Santa Casa, conta Dienni, está ajudando a divulgar a campanha, que conta  também com o apoio de sua ex-professora de pré-vestibular, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), que compartilhou a história de Bárbara em suas redes sociais.
 
    
Um dos médicos que acompanhou o tratamento de Bárbara desde que ela chegou na Santa Casa, o cirurgião e intensivista Haislam Levenhagen, 45 anos, considera a estudante uma “vitoriosa”.
 
“Eu vi a Bárbara morta muitas vezes, mas felizmente ela foi salva por toda equipe da Santa Casa, do porteiro aos médicos, que muito se empenhou nesse caso que tinha tudo para dar errado, mas deu certo”, afirma, segundo ele, com “orgulho e alegria”. “Uma das maiores alegrias nesses meus 22 anos de medicina”, diz o médico, que faz questão de destacar o fato de o atendimento ter sido feito totalmente pelo SUS.
 
“Também tenho muito orgulho do SUS e posso garantir que o tratamento que ela recebeu aqui na Santa Casa foi de excelência”, assegura o cirurgião, coordenador do setor de tratamento intensivo do hospital público, o maior de Minas Gerais.
O que é a Síndrome Anti-fosfolípide? Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a SAAF, sigla da doença, é um distúrbio autoimune na coagulação do sangue que causa trombose (coagulação anormal) em artérias e veias. Ela ocorre devido à produção de anticorpos contra proteínas do próprio organismo (chamados de anticorpos antifosfolipídeos) existentes no sangue. Popularmente, ela é conhecida como “doença do sangue grosso”.
Para acessar a campanha de arrecadação, acesse o link 

FONTE: Estado de Minas

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