Ex-presidente de fundação que mantém a Unincor é preso pela Polícia Federal em Belo Horizonte

11 maio 2022
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Professor Leandro Rodrigues de Souza é um dos investigados da "Operação Jadobe", que apura o desvio e lavagem de dinheiro da Unincor e sua mantenedora, em Três Corações. Ex-presidente de fundação que mantém a Unincor é preso pela Polícia Federal em BH

O ex-presidente da Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTE), que mantém a Universidade Vale do Rio Verde (Unincor), de Três Corações (MG), foi preso na manhã desta terça-feira (10) pela Polícia Federal. O professor Leandro Rodrigues de Souza é apontado como o chefe do esquema de irregularidades investigado na "Operação Jadobe", que apura o desvio e lavagem de dinheiro da Unincor e sua mantenedora.

Segundo a Polícia Federal, a prisão ocorreu em Belo Horizonte. O professor também foi candidato a prefeito de Três Corações nas eleições de 2020. Ele foi levado para a sede da PF em Varginha (MG) e após depoimento, foi levado para o presídio da cidade.

Em março, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra os crimes de desvio e lavagem de dinheiro na instituição de ensino superior e sua mantenedora. A operação foi nomeada de “J’Adoube”. Segundo a PF, durante as investigações foi apurado que a fundação tinha grande volume de débitos tributários e previdenciários com a União já vencidos. O valor era de cerca de R$ 92 milhões. Além disso, havia também dívidas trabalhistas de processos judiciais com trânsito em julgado, que não foram pagos.

Polícia Federal pede afastamento de diretores de fundação alvo de operação em Três Corações

Divulgação: Unincor

A produção da EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, entrou em contato com a defesa do professor Leandro Rodrigues de Souza, mas até a última atualização desta reportagem, não recebeu retorno.

A operação

A Polícia Federal deflagrou em março uma operação contra os crimes de desvio e lavagem de dinheiro na instituição de ensino superior e sua mantenedora. Os investigados da ação da PF são a Universidade Vale do Rio Verde (Unincor) e a Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTE).

A operação foi nomeada de “J’Adoube”. Segundo a PF, durante as investigações foi apurado que a fundação tinha grande volume de débitos tributários e previdenciários com a União já vencidos. O valor era de cerca de R$ 92 milhões. Além disso, havia também dívidas trabalhistas de processos judiciais com trânsito em julgado, que não foram pagos.

Ainda de acordo com a PF, os dirigentes da FCTE e titulares de empresas criadas para atividades ilícitas teriam desviado valores das mensalidades dos cursos oferecidos, ao longo de mais de três anos. Estes valores deveriam ser incluídos nas contas da FCTE para o pagamento de encargos correntes e dívidas.

Sede da Polícia Federal, em Varginha

Reprodução EPTV

Após a operação, a Polícia Federal pediu ao Ministério Público o afastamento de pessoas que fazem parte da diretoria da Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTE), mantenedora da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor).

A Secretária de Educação de Varginha (MG), Gleicione Aparecida Dias, também foi afastada das funções por tempo indeterminado. Ela é suspeita de fazer parte do esquema investigado pela PF.

No início de abril, os professores da universidade entraram em greve e protestaram pela falta de pagamento de direitos trabalhistas, alguns atrasados há mais de 10 anos.

O que diz a instituição

Em nota, a Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTE), mantenedora da Unincor, informou que o professor Leandro Rodrigues encontra-se afastado de suas atividades na instituição desde a 1ª semana do mês de abril.

A instituição informou também que, a pedido, os demais gestores se afastaram de suas atividades e que, conforme aprovado em reunião pelo Conselho Deliberativo da Fundação, quem responde e está à frente da Unincor é o professor Dones Nunes e o professor Leonardo Annechino.

A direção da Unincor informou ainda que estão mantidas todas as suas atividades acadêmicas e administrativas normalmente, com aulas presenciais e online e que os salários correntes estão em dia, e outras demais questões já estão sendo tratadas pela nova gestão.

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