Montes-clarense é escolhida para participar do Sínodo dos Bispos

08 jul 2023
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Sônia Gomes de Oliveira, que atua como Presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, aparece entre os dezesseis latino-americanos não-bispos que vão participar da sinodalidade. Evento representa a democracia na Igreja. Sônia Gomes de Oliveira esteve com o Papa no Vaticano em fevereiro deste ano

Arquivo pessoal

Uma montes-clarense foi escolhida para participar da Assembleia do Sínodo dos Bispos que será realizada no Vaticano entre os dias 29 de setembro a 30 de outubro. O nome de Sônia Gomes de Oliveira, que atua como Presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, aparece entre os dezesseis latino-americanos não-bispos que vão participar da sinodalidade. O evento representa a democracia na Igreja.

O Sínodo dos Bispos foi criado em 1965 e é um encontro periódico que reúne representantes episcopais de todo o mundo para tratar de assuntos específicos. (Leia mais abaixo) Neste ano, o tema será "Por uma igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão".

“A sinodalidade é o caminhar juntos. Quando fala em comunhão é uma comunhão interna e para fora também. É o que o Papa Francisco tem chamado, um diálogo religioso, o respeito com as outras religiões. A participação é no sentido de trazer qual o caminho que a igreja deve traçar a partir do que ela tem vivido hoje, sempre com esse olhar da sinodalidade. A missão é a partir do que se percebe o caminho onde a igreja está, a missão nos chama e aponta caminhos”, descreveu Sônia sobre o tema no sínodo.

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Originalmente, apenas bispos tinham direito a voto e esta é a primeira vez que as mulheres também poderão participar ativamente. Na entrevista ao g1, a montes-clarense falou da alegria em poder participar desse momento.

“O primeiro sentimento é de alegria de no meio de tantas pessoas eu ter sido escolhida. É uma alegria muito grande e ao mesmo tempo, uma responsabilidade. Junto comigo, eu vou estar carregando muitos gritos, muitas escutas que foram feitas em todo esse processo e carregando também muitos anseios dessa igreja no Brasil. [...] É um desejo de poder contribuir como mulher sertaneja, como mulher preta que tem muita dificuldade, sofre racismo em vários ambientes, mas que consegue chegar num espaço para conseguir debater de igual para igual”.

Sínodo dos Bispos

O Sínodo dos Bispos foi criado pelo então papa Paulo VI (1897-1978) em 1965. Desde que assumiu o Vaticano, o Papa Francisco já realizou quatro sínodos. Os dois primeiros, debateram a família. O terceiro abordou a questão dos jovens. O último, ocorrido em 2019, trouxe para o centro da Igreja o tema: "A Amazônia, com todas as suas implicações sociais, geográficas e ambientais".

A primeira fase que antecede o Sínodo dos Bispos, começou a ser realizada em 2021 com assembleias regionais em todo o mundo. A Presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil explicou que os encontros também aconteceram na região.

“Aqui em Montes Claros, foram feitas escutas por paróquias, também por grupos, inclusive fizemos em presídios e com a população de rua”.

Em todas as fases, foram apresentados relatórios e um documento final foi enviado ao Vaticano.

O que é sínodo

A palavra sínodo vem da junção de dois termos gregos, synodos (reunião ou conselho) e hodós (caminho). Sinodalidade, portanto, é uma maneira de acreditar que o caminho depende do entendimento conjunto. Que as decisões não devem ser impostas por uma autoridade, mas precisam brotar das bases.

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FONTE: G1 Globo


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