Polícia Civil aguarda exames para concluir inquérito do caso de professora suspeita de medicar 14 crianças em creche de MG

07 ago 2023
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Caso da servidora do Centro de Educação Municipal Ana Luíza, em Santa Rita de Caldas (MG), foi descoberto no dia 10 de maio. Profissional segue afastada do cargo. A Polícia Civil segue com as investigações sobre o caso da professora suspeita de medicar 14 crianças de até quatro anos em uma creche de Santa Rita de Caldas (MG). Conforme a polícia, alguns dados ainda são aguardados, assim como a finalização dos laudos periciais feitos nos alunos.

O caso ocorreu no Centro de Educação Municipal Ana Luíza e foi descoberto no dia 10 de maio. A professora segue afastada do cargo.

Já se passaram quase três meses desde que o caso se tornou público. As mães das crianças reclamam de falta de informações.

“A única resposta que temos é de que os laudos não estão prontos, que ainda está em investigação. Mas é constrangedor. Moramos em uma cidade pequena, onde todo mundo pergunta, saem especulações de que o laudo já saiu, mas não saiu. A resposta que temos é de que não saiu e que ainda continuam investigando”, disse Meire Oliveira Lopes, recepcionista do Pronto Socorro Municipal e mãe de uma aluna.

“Não sei se ela é culpada ou não, não me cabe julgar. Porém, o que não quero para o meu filho, também não quero para o filho dos outros. Realmente fica muito preocupante porque se passaram quase três meses e as outras crianças? E se ela voltar? Provavelmente não estará na sala dos nossos filhos, mas pode estar em outras salas. Mediante a uma sociedade que é tão pequena aqui em Santa Rita de Caldas, realmente ficamos muito preocupadas”, falou a corretora de imóveis Celita Milene Fonseca, que é mãe de um estudante.

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Professora é suspeita de medicar 14 crianças em creche de Santa Rita de Caldas (MG)

Reprodução/EPTV

Conforme a Polícia Civil, devido à complexidade do caso, o inquérito ainda não foi concluído e são aguardados dados e também a finalização dos laudos periciais feitos nos alunos.

O prefeito informou que a servidora já estava em processo de saída antes mesmo do fato acontecer. Ele destacou, ainda, que ela não deve retornar mais pra creche.

“Ela permanece afastada até o fim das investigações. Caso essa exoneração saia antes da conclusão desse outro inquérito, ela não vai mais integrar o quadro da prefeitura, o que é para todos os funcionários [que aguardam] e não só a ela. E uma vez finalizado o outro processo, caso ela tenha sido exonerada, perde o objeto. Mas vamos fazer a conclusão e caso seja positivo tomaremos as medidas cabíveis”, falou o prefeito Emílio Torriani de Carvalho Oliveira (PSD).

O advogado Tiago José do Carmo, que compõe a defesa da professora, informou por telefone à EPTV, afiliada TV Globo, que, depois do prazo de 120 dias de afastamento, que vencerá em setembro, ele vai tomar medidas judiciais para que ela possa retornar ao trabalho.

Já o Ministério Público confirmou que recebeu o ofício do Conselho Tutelar sobre o caso e que abriu um procedimento administrativo. O MP disse que também aguarda os laudos periciais dos exames das crianças e a conclusão do inquérito policial para dar andamento ao processo.

O caso

Uma professora é suspeita de medicar indevidamente 14 crianças de até quatro anos em uma creche de Santa Rita de Caldas. A suspeita é que algum tipo de antialérgico, que tem como feito colateral a sonolência, foi dado aos alunos. O caso está em investigação pela Polícia Civil e foi notificado ao Ministério Público pelo Conselho Tutelar. Um processo de sindicância administrativa foi aberto pela prefeitura.

As mães dizem ter notado comportamentos diferente nos filhos. Conforme a polícia, elas suspeitaram que as crianças foram intoxicadas depois que uma delas contou que a professora teria dado um remédio. As mães trocaram informações em um aplicativo de mensagens e outras crianças repetiram a informação para elas.

A Prefeitura de Santa Rita de Caldas afastou a professora do cargo após o ocorrido. Conforme o prefeito. Segundo o prefeito, a profissional preparou um composto com água, açúcar e 'hidrafix' - uma espécie de um soro - e deu uma colher para cada criança.

Amostras de urina das crianças foram coletadas em Poços de Caldas e encaminhadas para análise toxicológica em Belo Horizonte.

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FONTE: G1 Globo


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