‘Rei da cachaça’ e condenado por estupro, dono da Seleta é preso em Belo Horizonte

19 ago 2023
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Antônio Eustáquio Rodrigues, fundador de umas das maiores cachaçarias do país, estava foragido desde junho deste ano. Ele foi encontrado em um apartamento no centro da capital mineira. Antônio Eustáquio Rodrigues estava foragido desde junho deste ano.

Divulgação/MPMG

O empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, dono das marcas Seleta, Saliboa e Boazinha, foi preso, nesta sexta-feira (18), em Belo Horizonte. Considerado o "rei da cachaça", ele estava foragido desde junho deste ano, após ser condenado pelo crime de estupro duas vezes e também estupro de vulnerável.

O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da comarca de Salinas, no Norte de Minas. As penas chegam a 15 anos de reclusão em regime fechado.

Antônio foi encontrado por policiais do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, da Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (Caocrim), do Ministério Público (MP), em um apartamento na região central da capital mineira.

O g1 tentou falar com a defesa do empresário, mas não obteve retorno. Também entrou em contato com a Polícia Civil (PC) e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) para saber em qual unidade prisional ele deu entrada e aguarda resposta.

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'Rei da cachaça'

O empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, dono das marcas de cachaça Seleta, Saliboa e Boazinha.

Divulgação

Toni Rodrigues, como o empresário é mais conhecido, fundou a cachaçaria Seleta em 1980, em Salinas, no Norte do estado. Ele chegou a ser considerado o maior produtor de cachaça do país, com rótulos da bebida premiados internacionalmente.

Em agosto de 2014, Toni foi preso suspeito de cometer uma tentativa de homicídio, um estupro de vulnerável e um estupro comum. As vítimas da violência sexual eram um menino de 13 anos e uma menina de 15.

Segundo o garoto, o abuso se repetiu por duas vezes e também teria acontecido com uma colega, que morava no mesmo bairro. A denúncia foi feita por uma das mães ao Conselho Tutelar da cidade.

Na época, a própria Seleta disse que o fundador estava afastado das atividades de gestão da empresa desde 2006, por decisão do conselho administrativo do grupo, "em virtude de graves problemas de saúde".

Em novembro do mesmo ano, Rodrigues recebeu um alvará de soltura e foi liberado da Penitenciária de Teófilo Otoni, onde estava preso até então.

A sentença criminal de agora se refere ao trânsito em julgado, ou seja, quando todas as possibilidades de recurso se esgotaram, e a decisão judicial passa a ser definitiva.

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FONTE: G1 Globo


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