Ummagumma Festival celebra retomada de grandes eventos no Sul de Minas

22 jun 2023
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Com patrocínio da Cemig, festival proporciona estrutura própria dos maiores festivais do país, shows apoteóticos e ações educativas e de sustentabilidade

Divulgação: Ummagumma

A quinta edição do Ummagumma Classic Rock Festival retomou o formato tradicional do evento com direito a tudo que o público esperava depois de um hiato de quatro anos: grandes shows, estrutura e energia intensa para o público de mais de 5 mil pessoas presentes nos dois dias de espetáculos, nos dias 09 e 10 de junho em Três Pontas. Além da banda anfitriã, o Ummagumma The Brazilian Pink Floyd, subiram ao palco tributos de renome nacional e mesmo internacional, como o YesSongs, Hey Jude (Beatles), Seu Madruga (AC/DC), Rollando Stones (Rolling Stones), Creedence Tributo Brasil e Balão Vermelho (Barão Vermelho), incluindo homenagem a Rita Lee pela Marginália e apresentação da K2, banda que marca o rock de Três Pontas e região desde os anos 1990.

Ao mesmo tempo que homenageia o rock em fases clássicas e marcantes, sobretudo entre os anos 60 e 80, o festival reatualiza essa história no presente, com encontro de gerações no palco e na plateia, num evento intenso e acolhedor para todas idades. Exemplo disso foram os dois shows apoteóticos do Ummagumma. Junto à homenagem aos 50 anos do álbum The Dark Side of The Moon, o grupo levou dezenas de crianças ao palco para o coral de “Another Brick In The Wall”, presente no álbum The Wall. Momento emocionante também ficou por conta da interpretação de “Peace of My Heart” pela jovem cantora Bia, de 9 anos, numa homenagem do evento a Xandra Joplin, artista falecida em 2021 e parceira do festival em apresentações marcantes em edições anteriores.

Divulgação: Ummagumma

O braço educativo é um dos diferenciais do festival, através do Escola de Rock, que esse ano concedeu prêmios totalizando mais de 6 mil reais para os concursos de redação - voltado a secundaristas de Três Pontas - e de bandas, aberto a todo o estado, contando com grande adesão de jovens artistas de cidades de diferentes regiões de Minas Gerais. Em cada um dos grupos concorrentes e nos textos redigidos, percebeu-se que o rock está mais vivo do que nunca, sendo fonte de conhecimento histórico, pensamento crítico do mundo e caminho para a profissionalização artística.

E a realização do projeto - possível apenas através de captação de recursos via lei de incentivo à cultura, com patrocínio da Cemig - gerou uma cadeia cultural de suma importância para a região, estimulando serviços diversos na região, que vão do fornecimento de equipamentos de show a hospedagem (com todos quartos da cidade esgotados durante o fim de semana), transporte de táxi e aplicativo, restaurantes e tantos outros.

O UCRF tem como marca a qualidade e entrega, da performance dos artistas, passando pela dedicação de técnicos de som e iluminação, com estrutura à altura dos grandes festivais do país. Ao redor do público, estandes e kombis de chopp artesanal, salgados e doces deixavam os presentes confortavelmente acolhidos para desfrutar dos shows e convívio com amigos, com direito a muitos reencontros.

Divulgação: Ummagumma

Tendo o local de shows como um espetáculo à parte, realizado no Verdes Eventos - marcado pela paisagem ambiental com seus imponentes coqueiros, iluminação especial e personagens de shows e filmes do Pink Floyd espalhados pela área, o festival mais uma vez também fez cumprir sua preocupação de sustentabilidade. A partir de parceria com a Associação Trespontana de Catadores de Materiais Recicláveis, foram coletados 300 kg de materiais recicláveis - as latas de alumínio representam uma preservação de 32 litros de água e, somente o plástico reciclado, um barril de petróleo.

Em 2021 o evento realizou uma edição drive in em meio às restrições de distanciamento impostas pela pandemia. Apesar de contemplar com grande qualidade o desejo de estar diante de um espetáculo naquele momento tão difícil, desde 2019 o público aguardava a possibilidade de se aglomerar com segurança, tal qual um show de rock pede.

Em julho de 2019 um eclipse solar foi observado parcialmente no país, pouco antes da realização da última edição com público no formato tradicional. Ali se anunciava simbolicamente que algo entraria em breve em escuridão no mundo e com agravamentos particulares no Brasil, com toda sorte de preocupações sanitárias e de apreensão para classe artística, fomento e consumo cultural. Passados quatro anos, vemos que, como diz a música Eclipse, do Pink Floyd, “tudo que você toca, tudo o que você vê, tudo que veio e virá está sob o sol em sintonia”. E a realização do Ummagumma Classic Rock Festival não só afirma, como ilumina essa vida que pulsa sob sol e lua através do rock.


FONTE: G1 Globo


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