‘Big techs’ já demitiram mais de 64 mil pessoas em 5 meses

14 mar 2023
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Sozinha, a Meta já cortou mais de 21 mil funcionários desde novembro de 2022. Cenário econômico enfraquecido e queda no número de anúncios explicam o mau momento. Facebook, Apple, Google e Microsoft

Montagem/Reuters

A Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta terça-feira (14) uma nova rodada de demissões que irá afetar outros 10 mil trabalhadores. Em novembro de 2022, a empresa já havia cortado cerca de 11 mil funcionários.

Com esse novo anúncio, as big techs Meta, Amazon, Microsoft e Alphabet (Google) já demitiram mais de 64 mil funcionários em apenas 5 meses. O número também leva em consideração o Twitter, que não faz parte do grupo de big techs, mas deu início ao movimento de corte expressivo de pessoal.

Já a Apple é uma exceção, uma vez que foi a única empresa a não anunciar redução da força de trabalho nos últimos meses.

No caso das outras empresas, a desaceleração macroeconômica e a queda na receita com propaganda explicam o cenário negativo (entenda mais abaixo).

Quem demitiu e quantos foram desligados

Twitter: cortou 3.700 funcionários em novembro; e mais 200 em fevereiro;

Meta (Facebook/Instagram/WhatsApp): cortou 11 mil funcionários em novembro; e 10 mil em março;

Microsoft: cortou 10 mil funcionários;

Amazon: cortou 18 mil funcionários;

Alphabet (Google): cortou 12 mil funcionários.

Demissões nas big techs: o que está acontecendo com Google, Microsoft, Meta e Amazon

O que explica esse cenário 🤔

Para começar a entender a situação delas, é preciso levar em conta as altas seguidas na taxa de juros nos últimos meses, nos Estados Unidos, para conter a inflação.

Além de impactar nas vendas, o cenário tem feito empresas diminuírem gastos com publicidade, o que afeta em cheio as gigantes da tecnologia que dependem de anúncios.

"Essas empresas cresceram muito em 2020, mas depois veio a queda. Na fase dura da pandemia, a digitalização aumentou. Todo mundo estava em casa, muitos recebem auxílio do governo, e as pessoas gastaram mais on-line", explica ao g1 Arthur Igreja, que é especialista em tecnologia e inovação e professor convidado da FGV.

"As big techs precisavam de pessoas para suportar a demanda, mas esse crescimento não se manteve após a flexibilização do isolamento causado pela Covid", completa.

"A desaceleração macroeconômica e o aumento da concorrência fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava", disse o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, em novembro. Ele voltou a reforçar o cenário negativo no comunicado de hoje.

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FONTE: G1 Globo


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