Felipe de Oliveira anuncia tributo a Sérgio Sampaio ao debutar em palcos cariocas com show teatral

03 dez 2023
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Após estrear no Rio de Janeiro, o cantor mineiro apresenta 'Terra vista da lua' neste domingo, 3, em São Paulo, com roteiro repleto de músicas da MPB dos anos 1970. Felipe de Oliveira inclui várias músicas da MPB dos anos 1970 no roteiro do show 'Terra vista da lua'

Kika Antunes / Divulgação

♪ Em tese, a globalização do mundo e a velocidade da informação na era digital permitem o alcance ilimitado de artistas situados fora dos centros culturais. Na prática, um cantor mineiro como Felipe de Oliveira – nascido e residente em Belo Horizonte (MG) – ainda pode se sentir longe demais das capitais mesmo estando tão perto.

Tanto que, ao se apresentar no palco do Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola na noite de sexta-feira, 1º de dezembro, o artista caracterizou como “glória máxima” a oportunidade de estrear na cidade do Rio de Janeiro (RJ) Terra vista da lua, show teatral que desembarca em São Paulo (SP) neste domingo, 3 de dezembro, em sessão agendada para as 19h no Centro Cultural da Diversidade.

Baseado no homônimo álbum lançado em outubro de 2021, o show Terra vista da lua já está disponível na íntegra no YouTube na gravação ao vivo feita em 7 de outubro de 2022 no Teatro Francisco Nunes, em Belo Horizonte (MG). Mas é para ser apreciado no palco.

Como testemunhado ao vivo pelo público carioca, o artista entrelaça música, imagem e poesia no show. Formado em Cinema e Mestre em Artes pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Felipe de Oliveira pilota em cena três retroprojetores que sobrepõem imagens em tela redonda que pode ser vista pelo espectador como a lua ao longo do roteiro aberto com citação de Lunik 9 (Gilberto Gil, 1967).

Na estreia carioca, o cantor recebeu Chico Chico para dueto em Viajei de trem (Sérgio Sampaio, 1973) e o conterrâneo Marcelo Veronez. O dueto com Chico Chico foi a deixa para Felipe anunciar em cena que gravará em 2024 um álbum com músicas do compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 – 1994) para lembrar os 30 anos da morte do autor da marcha Eu quero é botar meu bloco na rua (1972).

Com Veronez, participação habitual no show, Felipe cantou Eu queria tanto fazer um samba (Dan Nakagawa, 2021) e dividiu com ternura medley com duas músicas de Gilberto Gil, Meu amigo, meu herói (1980) e Queremos saber (1976).

Compositor recorrente no roteiro, Gil é também o autor de Balada do lado sem luz (1976), música alocada no bis, prolongado – por insistência do público carioca – com improvisada abordagem a capella de Como nossos pais (Belchior, 1976).

Indo além do repertório do álbum Terra vista da lua, Felipe deu voz a Demoníaca (Sueli Costa e Vitor Martins, 1974), Conheço meu lugar (Belchior, 1979) e O homem de la Mancha (Man of the la Mancha) (Joe Darion e Mitch Leigh, 1965, em versão de Chico Buarque e Ruy Guerra, 1972), além de duas músicas de temática especial, O astronauta (Edson Ribeiro e Helena dos Santos, 1970) – composição apresentada por Roberto Carlos – e Contato imediato (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, 2006).

Com toque de banda formada pelos músicos André Milagres (guitarra e violão), Marco Aur (baixo) e Yuri Vellasco (bateria), Felipe de Oliveira apresentou ao público carioca show em que o repertório –muito calcado na MPB dos anos 1970 – se afinou com a dramaturgia, ecoando a cena teatral de Maria Bethânia.

Felipe de Oliveira canta músicas de Gilberto Gil no show 'Terra vista da lua'

Kika Antunes / Divulgação


FONTE: G1 Globo


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