Hitmaker dos anos 1980, Michael Sullivan destrincha a arte de fazer música em workshop sobre o ofício de compositor

15 jan 2024
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Série de oficinas acontece no Rio de Janeiro, de 17 de janeiro a 2 de fevereiro, e desmistifica um trabalho romantizado e visto como fruto de inspiração transcendental. ♪ ANÁLISE – Michael Sullivan é cantor e tem no currículo de intérprete ao menos um sucesso blockbuster, My life, balada composta pelo artista pernambucano e lançada em 1976. Michael Sullivan também é produtor musical e, nessa seara, tem a experiência de ter trabalhado com nomes de universos variados.

Contudo, atualmente com quase 74 anos, a serem festejados em 9 de março, Michael Sullivan é reconhecido sobretudo como compositor, criador de grandes sucessos para um time de cantores e grupos que inclui Alcione, Fafá de Belém, Fagner, Gal Costa (1945 – 2022), Joanna, Patricia Marx, Roberto Carlos, Rosana, Roupa Nova, Sandra de Sá, Tim Maia (1942 – 1998), Trem da Alegria e Xuxa.

Por isso mesmo, Sullivan tem autoridade para ser o criador e o protagonista da série de workshops Composição plural – Oficina de criação e composição de música brasileira, programada para acontecer de 17 de janeiro a 2 de fevereiro em seis espaços culturais das zonas norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Projeto viabilizado com o apoio da União Brasileira de Compositores (UBC), instituição que agrega os maiores ícones da MPB (Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento), a oficina tem a intenção de contribuir para a formação de novos compositores a partir da exposição do método de criação de Sullivan.

Trata-se de iniciativa interessante porque Michael Sullivan é um dos maiores hitmakers da história do universo pop. A partir de 1983, em parceria com o letrista Paulo Massadas, Sullivan marcou a década de 1980. A dupla Sullivan & Massadas é nome incontornável da história da música brasileira naquela época.

Portanto, uma oficina de composição com Michael Sullivan tem valor potencializado justamente pelo histórico do artista no ofício de fazer música. Geralmente, o ofício de compositor é romantizado, como se fosse fruto somente de uma inspiração de caráter transcendental quando, muitas vezes, compor é também uma profissão e, do fruto do trabalho desse profissional, dependem cantores, arranjadores, produtores musicais.

Toda uma engrenagem industrial por vezes é acionada somente quando chega a música, feita na solidão de um quarto ou na experiência coletiva dos grupos que se juntam para criar uma composição, experiência cada vez comum na produção industrial que move o universo pop brasileiro.


FONTE: G1 Globo


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