Ministro da Justiça manda PF apurar site ‘Bolsonaro.com.br’, que reúne críticas ao presidente

01 set 2022
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Domínio era usado por apoiadores do governo, mas foi comprado por opositor em janeiro. Ministro cita 'ataque direto e grosseiro' e indica, na ordem à PF, possível 'crime contra a honra'. Site 'bolsonaro.com.br' na versão atual (esquerda), com críticas ao presidente, e na versão de 2021 (direita) com elogios ao governo

Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou em uma rede social nesta quarta-feira (31) que acionou a Polícia Federal para apurar as publicações com críticas a Jair Bolsonaro publicadas no domínio "bolsonaro.com.br".

O site viralizou nas redes sociais nesta semana porque o endereço passou a ser administrado por um opositor do governo. Com isso, o endereço digital – que já foi usado para apoiar Bolsonaro e traz o nome do presidente como parte da URL – se converteu em um espaço de críticas ao político.

"Diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de um site, requisitei ao Diretor-Geral da PF a instauração imediata de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos", escreveu Torres na mensagem em rede social.

O ministro da Justiça também publicou a imagem do documento enviado ao diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira. No ofício, Torres diz que as publicações no site "configuram, em tese, crime contra a honra do Senhor Presidente da República".

O site – e as críticas a Bolsonaro – permaneciam no ar até a tarde desta quarta. O conteúdo inclui montagens com o rosto do presidente e candidato à reeleição pelo PL, associando-o a demônios e a Adolf Hitler. Em uma das páginas, o autor diz que o site é "uma galeria de arte digital e acervo jornalístico relacionado à família Bolsonaro".

Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), o atual responsável pelo domínio é Gabriel Baggio Thomaz. Ele obteve o comando do site em 25 de janeiro deste ano, e tem até 25 de janeiro de 2023. A última alteração foi feita no último dia 11 de agosto.

Registros recuperados na internet mostram que, pelo menos até 14 de abril de 2021, o site trazia conteúdos de apoio ao presidente.


FONTE: G1 Globo


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