Musk no Twitter: 3ª semana termina com saída de funcionários e escritórios fechados

19 nov 2022
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Plataforma passa por turbulências, envolvendo demissões em massa e desistências de grandes anunciantes. Twitter fecha escritórios até segunda-feira (21)

A terceira semana com o bilionário Elon Musk no controle do Twitter foi marcada pela saída de funcionários e escritórios fechados temporariamente.

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A plataforma passa por sérias turbulências, envolvendo demissões em massa e perdas de grandes anunciantes. O homem mais rico do mundo também sinalizou aos funcionários que a empresa poderia ir à falência se não gerar mais lucros nos próximos meses.

Desde que se tornou chefe do grupo, no final de outubro, Musk já demitiu metade dos 7.500 funcionários do Twitter, entre eles os principais executivos.

Além de encerrar o período de home office, o empresário deu um ultimato nesta semana aos seus empregados para que se comprometam com “longas horas de trabalho em alta intensidade” ou que deixem a empresa.

Em sua conta pessoal, o empresário vem comentando todas as mudanças feitas e usa memes para rebater críticas. Até agora neste mês, os tuítes de Musk sobre seus esforços para reiniciar o Twitter representaram mais de dois terços de suas postagens na plataforma que ele adquiriu em outubro, de acordo com uma contagem da Reuters.

Confira, mais abaixo, as medidas de Musk à frente do Twitter.

Projeção na sede do Twitter feita no dia 18 de novembro

Reprodução/Twitter

27 de outubro: compra e demissão de executivos

Um dia depois de entrar na sede da empresa segurando uma pia, Musk finalmente concluiu a aquisição do Twitter, pagando cerca de US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões), segundo a agência Reuters.

Ele demitiu o presidente-executivo, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e a chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.

"O pássaro foi libertado", publicou o empresário em sua conta. A postagem teve mais de 2 milhões de curtidas.

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28 de outubro: conselho para moderação de conteúdo

Musk, que já se declarou como "absolutista da liberdade de expressão", anunciou que formaria um conselho de moderação em sua nova empresa. Ele, no entanto, não detalhou quando esse grupo seria formado, nem os nomes dos integrantes.

"O Twitter formará um conselho de moderação de conteúdo com pontos de vista amplamente diversos. Nenhuma decisão importante de conteúdo ou restabelecimento de conta acontecerá antes que o conselho se reúna", publicou.

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4 de novembro: Twitter demite 50% dos funcionários

No início de novembro, trabalhadores do Twitter no mundo todo relataram ter recebido comunicados de demissão. Segundo o chefe de segurança e integridade do Twitter, Yoel Roth, as demissões na empresa afetaram cerca de 50% dos funcionários.

"A gente tinha muita proximidade com a direção global. Isso mudou depois do processo do Musk. Ficamos muito distantes e sem informações. Muitos do Twitter Brasil pediram demissão por essa incerteza", disse ao g1 uma funcionária da empresa no Brasil.

"Em relação à redução de força do Twitter, infelizmente não há escolha quando a empresa está perdendo mais de US$ 4 milhões/dia", disse Musk.

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4 de novembro: Anunciantes pressionam Twitter

No mesmo dia da demissão em massa, o Grupo Volkswagen pediu que suas marcas pausassem publicidade paga dentro da rede social. "Estamos monitorando de perto a situação [do Twitter] e decidiremos os próximos passos dependendo de sua evolução", disse o conglomerado.

O movimento foi seguido por outras empresas, como Allianz, General Mills, General Motors e Gilead Sciences.

5 de novembro: Twitter testa verificação paga com Twitter Blue

Disponível apenas nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e na Nova Zelândia, Musk anunciou uma nova versão do Twitter Blue, serviço que oferece recursos premium, que custa US$ 8 por mês (cerca de R$ 40). A grande novidade aqui foi o selo de verificação, que todos podem ter ao fazer a assinatura.

A novidade também prometia outros benefícios que serão entregues em breve, como menos propaganda, prioridade nas respostas a tuítes e capacidade de postar vídeos longos.

7 de novembro: contas suspensas por usarem nome 'Elon Musk'

Artistas tiveram suas contas suspensas na plataforma após trocarem seus usuários pelo nome do bilionário. Foram afetados a comediante Kathy Griffin, o ator Rich Sommer e o cartunista Jeph Jacques.

Não foi possível afirmar que a alteração de nome motivou a suspensão dessas e de outras contas. Mas, após o perfil de Griffin ser desativado, Musk disse que "daqui para frente, qualquer pessoa que falsificar identidade sem especificar claramente 'paródia' seria suspensa permanentemente".

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8 de novembro: Twitter anuncia selo 'Oficial'

A executiva de produto do Twitter Esther Crawford anunciou o selo "Oficial" com o objetivo de diferenciar assinantes do Twitter Blue de perfis que são verificados porque têm grande visibilidade. A novidade gerou uma série memes devido à redundância.

"Vazou como será a verificação real-oficial-verdadeira do Twitter 🙊", disse um usuário

Reprodução/Twitter

10 de novembro: Selo 'Oficial' é morto, mas sobrevive

Sem dar detalhes, Musk interagiu com o influenciador de tecnologia Marques Brownlee e disse que "matou" o novo selo – isso em menos de 24 horas após o lançamento. O bilionário ainda completou dizendo que o "verificado azul seria o grande nivelador" de contas.

Poucas horas depois, a página de suporte do Twitter confirmou o retorno do "Oficial". Na sexta-feira (11), a conta tuitou: "Para combater a falsificação de identidade, adicionamos um rótulo 'Oficial' a algumas contas".

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10 de novembro: Musk põe fim ao home office no Twitter

Enquanto a polêmica dos selos rolava, Musk anunciava novas medidas aos colaboradores restantes. Segundo a "Bloomberg", o empresário anunciou o fim do home office e ficou determinado que os funcionários trabalhem em regime presencial por, no mínimo, 40 horas semanais.

Além dessas medidas, Musk informou o fim do "dia de descanso", uma folga remunerada por mês concedida aos trabalhadores.

11 de novembro: Musk suspende novas assinaturas do Twitter Blue

A quantidade de perfis fakes de artistas e empresas verificados fez com que o Twitter pausasse novas assinaturas do Twitter Blue, segundo os jornais The Guardian e Financial Times. Foram criados perfis falsos verificados do ex-presidente americano Donald Trump, do personagem Mario Bros (Nintendo) e do jogador de basquete Lebron James.

Além da Nintendo, um caso grave afetou a farmacêutica Lilly, que registrou queda de 4% nas ações depois que um perfil fake com selo azul tuitou que daria insulina "de graça".

"Pedimos desculpas àqueles que receberam uma mensagem enganosa de uma conta falsa da Lilly", disse a conta verdadeira depois.

12 de novembro: Musk promete retomar Twitter Blue

Sem dar detalhes, Musk afirmou em resposta a um usuário que o Twitter Blue voltará "provavelmente no fim da próxima semana".

Elon Musk diz que Twitter Blue voltará "provavelmente no fim da próxima semana"

Reprodução/Twitter

16 de novembro: novo líder para administrar Twitter

Musk disse que espera reduzir seu tempo no Twitter e, eventualmente, encontrar um novo líder para administrar a empresa. Ele fez as observações durante um depoimento em um tribunal de Delaware, nos Estados Unidos, que analisa o processo sobre remuneração de Musk na Tesla.

Os investidores da Tesla estão cada vez mais preocupados com o tempo que Musk está dedicando para transformar o Twitter.

O bilionário enviou e-mail aos funcionários da empresa informando que todos deverão aceitar uma cultura "extremamente dura" no que se refere ao trabalho nos próximos tempos na plataforma.

16 de novembro: Twitter Blue retorna no fim do mês

Musk disse que o novo Twitter Blue com selo azul de verificação será relançado no dia 29 de novembro. "Adiamos o relançamento do Twitter Blue para 29 de novembro para garantir que seja sólido como um a rocha", disse o bilionário em um tuíte.

17 de novembro: ultimato aos funcionários

O prazo para responder o ultimato que Musk fez para que os funcionários que não estivessem de acordo com as novas políticas da empresa a deixassem terminou às 5h desta quinta-feira (17) pelo horário do leste dos Estados Unidos (Eastern Time).

Os empregados precisaram responder um e-mail com um aviso por e-mail que dizia: "se você tem certeza que quer fazer parte do novo Twitter, por favor clique no botão 'Sim' abaixo". Ao fazer isso, o usuário era redirecionado para um formulário no qual Musk afirma aos funcionários que terá que "trabalhar longas horas em alta intensidade" caso aceitasse ficar.

Quem não cumpriu o que foi citado poderá se desligar da empresa, com uma indenização equivalente a três meses de salário.

18 de novembro: 'Não estou preocupado'

Segundo a BBC, os colaboradores foram surpreendidos com o fechamento temporário de escritórios. A reabertura deve ocorrer na segunda-feira (21). A decisão foi tomada em meio a rumores sobre pedidos de demissão em massa.

Musk usou as redes sociais para comentar sobre a situação. "As melhores pessoas vão ficar, então não estou super preocupado", publicou. Além disso, ele também ironizou a situação ao tuitar memes e frases.

VÍDEO: Projeção na sede do Twitter chama Musk de 'bebezão medíocre' e 'bilionário inútil'

Musk publicou meme ironizando possível "morte" do Twitter.

Reprodução

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FONTE: G1 Globo


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