UFMG e PUC Minas se manifestam contra mineração na Serra do Curral

18 maio 2022
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Reitores da UFMG, da PUC Minas e o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, assinaram um manifesto conjunto em defesa da Serra do Curral, em BH, nesta terça-feira (17/5). Eles se colocam contra a projeto da Tamisa, que pretende explorar minério e vai devastar uma grande área da serra. A liberação do projeto feita pelo Conselho de Política Ambiental (Copam) está sendo questinada na justiça. O governo de Romeu Zema defende a mineração. Além das universidades e da Arquidiocese de BH, já se manifestaram contra a mineração na serra ambientalistas, artistas, parlamentares federais e estaduais e a própria Prefeitura de Belo Horizonte. 
O manifesto assinado pelos reitores das universidades destaca a "profunda preocupação” das instituições com “impactos não apenas ao meio ambiente, mas para a saúde, a qualidade de vida e demais dimensões da vida das comunidades em seu entorno.”
O texto cita a importância da Serra do Curral sob a regulação climática de BH, além dos riscos de desabastecimento de água, tendo em vista que a área projetada para o empreendimento interfere na Adutora do Taquaril, que é responsável pelo transporte de 70% da água tratada consumida pela população da capital.
São citadas também preocupações com a qualidade do ar de Belo Horizonte, a ameaça geológica de erosão do Pico Belo Horizonte, ao Parque das Mangabeiras e integrantes da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço. Além disso, o manifesto relembra que a Serra do Curral já é tombada pelo município e pela federação, e que o processo de tombamento estadual está tramitando.
As instituições convocam a população para continuar mobilizada contra “este novo e qualquer outro ataque à Serra do Curral, entendendo que a agressão exploratória e destruidora contra esse grande patrimônio natural da identidade mineira pode trazer consequências para toda forma de vida na região e seu entorno”, finaliza o texto.
Atualmente, a defesa da Serra conta com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, que entrou no último domingo (15/05) com pedido de tutela cautelar na justiça para o empreendimento. O projeto já foi licenciado pelos órgãos estaduais, utilizando pareceres antigos da Copasa sobre o impacto hídrico na região.
 
Na segunda-feira (16/5), artistas e ativistas sociais entregaram ao presidente da ALMG Agostinho Patrus (PSD) um manifesto assinado por mais de 700 artistas em defesa da Serra do Curral. O texto contou com assinatura de Milton Nascimento, Alessandra Negrini, Bruna Lombardi, Dira Paes, Paulo Betti e Gregório Duvivier. 

FONTE: Estado de Minas


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