Autoridades tomam presídio mais populoso da Venezuela

25 out 2023
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Agentes militares e policiais tomaram o presídio mais populoso da Venezuela na madrugada desta quarta-feira (25), um mês após o despejo de uma das prisões mais violentas do país.

"Este é o centro penitenciário com maior população da Venezuela. Foi totalmente controlado", declarou o ministro do Interior e da Justiça, almirante Remigio Ceballos, à televisão estatal.

Ceballos confirmou a "tomada" do Internato Judicial de Carabobo, conhecido como Tocuyito, (centro-norte), onde "havia mais de 2.000 presos", para "assumir o controle das atividades ilegais".

"Tem sido um sucesso retumbante, e vamos continuar avançando (...), sabemos que parte do crime ocorreu a partir de alguns centros penitenciários e estamos acabando com tudo isso para garantir a paz", acrescentou.

O portal oficial Últimas Noticias divulgou imagens de reclusos sentados e algemados no pátio central do presídio, após serem expulsos de suas celas pelos militares e policiais encarregados da operação.

A mobilização ocorre após a evacuação, em 20 de setembro, do presídio de Tocorón (Aragua, centro-norte), em uma operação da qual participaram mais de 11 mil agentes.

Tocorón, que tinha cerca de 1.600 reclusos, era a base de operações do temido Tren de Aragua, dedicado a crimes como sequestro, extorsão e tráfico de drogas. Nos últimos anos, os tentáculos se expandiram por vários países latino-americanos.

Em seu interior, havia um enorme arsenal com munições, armas de guerra, granadas, explosivos e lança-foguetes.

Em 2013, com a promessa de estabelecer um novo "regime penitenciário" que poria fim às máfias controladas pelos "pranes", ou líderes de gangues, a então ministra Iris Varela ordenou o despejo parcial do presídio de Tocuyito.

Em 2015, pelo menos 17 pessoas morreram durante um incêndio nesse presídio. Em 2017, um dos principais bancos da Venezuela informou que uma agência bancária clandestina operava usurpando sua marca, prática que foi documentada em outros presídios, como Tocorón.


FONTE: Estado de Minas


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