Ex-presidente guatemalteco Pérez condenado a 8 anos de prisão por corrupção

06 set 2023
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Um tribunal na Guatemala condenou, nesta quarta-feira (6), o ex-presidente Otto Pérez (2012-2015), que já está preso, a oito anos de prisão em um outro caso de corrupção que o forçou a renunciar em 2015.

A juíza Eva Recinos proferiu a sentença condenatória depois que o ex-governante admitiu a culpa pelos crimes de lavagem de dinheiro e outros ativos, suborno passivo e fraude.

"O acusado Otto Fernando Pérez Molina é autor responsável" dos três crimes e foi condenado a 16 anos de prisão, mas como se submeteu ao procedimento especial de aceitação de culpa, a pena foi reduzida pela metade, disse Recinos.

O ex-presidente também terá que pagar uma multa de mais de US$ 3 milhões (R$ 14,9 milhões, na cotação atual).

A sentença no caso conhecido como "Cooptação do Estado", relacionado com o saque de fundos públicos, é a segunda imposta a Pérez em menos de um ano.

Pérez, um general reformado, já havia sido condenado a 16 anos de prisão inafiançáveis em 8 de dezembro passado por liderar uma rede milionária de fraude nas alfândegas.

A audiência ocorreu no Tribunal de Maior Risco B da capital guatemalteca. Após a sentença, o ex-presidente foi novamente enviado para a prisão.

"No caso de fraude, quero dizer que sou responsável por ter dado a ordem para que fosse permitida a construção" de um terminal em um porto no Pacífico, ao sul da capital, reconheceu.

"Se cometi uma omissão, erro ou crime, eu aceito porque dei instruções às pessoas respectivas (...), mas pelo caminho poderiam ter ocorrido uma série de omissões, ações que levaram à realização do crime de fraude", acrescentou.

De acordo com a acusação, Pérez fazia parte de uma estrutura ilegal com a sua vice-presidente Roxana Baldetti para receber milhões em subornos em troca de mais de 70 contratos com várias empresas. Baldetti já foi condenada em outros dois casos de corrupção.

Pérez, de 72 anos, renunciou ao cargo e foi preso em 3 de setembro de 2015 após manifestações massivas.

O Ministério Público local revelou os casos de corrupção com o apoio da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), uma agência das Nações Unidas que apoiou o combate a estruturas criminosas dentro do Estado entre 2007 e 2019.


FONTE: Estado de Minas


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