Fundador da FTX afirma em tribunal que agiu ‘de boa-fé’

04 out 2023
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Duas visões de Sam Bankman-Fried, outrora rei das criptomoedas, chocaram-se nesta quarta-feira (04) em um tribunal de Nova York, nas alegações iniciais do seu julgamento por fraude na plataforma FTX.

SBF, como é conhecido, "tinha riqueza e poder", mas tudo foi "construído sobre mentiras", disse o promotor a cargo do caso, Thane Rehn. Já a defesa alegou que Bankman-Fried agiu de boa-fé.

Para a promotoria, SBF, 31, cometeu "uma fraude em massa" ao roubar dinheiro da conta de clientes de sua exchange FTX, acrescentou Rehn.

SBF é alvo de sete acusações de fraude, peculato e conspiração, e pode ser condenado a mais de 100 anos de prisão. Em novembro de 2022, sua plataforma de criptomoedas implodiu, incapaz de fazer frente aos pedidos em massa de resgate dos clientes, que souberam que parte dos fundos da FTX haviam sido comprometidos por operações de risco realizadas pelo Alameda, fundo de investimento criado por Bankman-Fried.

"Sam não fraudou ninguém", afirmou o advogado Mark Cohen. Ele admitiu que fundos da FTX foram usados pelo Alameda, mas garantiu que se tratava apenas de investir o dinheiro, e não de desviá-lo.

A FTX era uma start-up e Bankman-Fried tinha que tomar "centenas de decisões por dia". Como consequência, algumas coisas foram negligenciadas", justificou Cohen.

Como esperado, a equipe de defesa de Bankman-Fried apontou o dedo para Caroline Ellison, ex-namorada que ele havia colocado à frente do Alameda. Segundo SBF, ela não seguiu suas recomendações de se proteger contra uma possível queda do mercado de criptomoedas.

Para a acusação, no entanto, Bankman-Fried age "como se já não estivesse à frente do Alameda, quando isso não é verdade. Caroline era apenas uma fachada."

A ex-namorada de SBF declarou-se culpada em dezembro de sete acusações e concordou em cooperar com o promotor federal de Manhattan. Rehn informou hoje que ela irá depor no julgamento e contar como "roubou com o acusado dinheiro dos clientes da FTX".

O julgamento deve durar seis semanas.


FONTE: Estado de Minas


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