Após 15 meses, morte de motorista da Tusmil ainda não foi esclarecida

27 set 2023
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No dia 4 de junho de 2022, Francisco Venâncio chegava na garagem da Tusmil, única empresa do Consórcio Manchester, uma das que operavam o transporte coletivo urbano de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, para mais um dia de trabalho. 
 
No entanto, naquela madrugada, um ônibus que estava estacionado desceu uma ladeira que existia na garagem e acabou acertando Francisco Venâncio, motorista, de 62 anos. Ele morreu na hora. 

 

No mesmo dia, a Polícia Civil começou a investigar a morte de Francisco. No entanto, passados 15 meses do acidente, o inquérito não foi concluído. Ou seja, a causa da morte do motorista continua em aberto. 
A reportagem do Estado de Minas procurou a assessoria de imprensa da Polícia Civil três vezes neste período. A primeira vez foi em julho de 2022, quando o órgão informou que o prazo para a conclusão do inquérito seria adiado. E, desde então, nenhuma informação a mais foi passada. 

 

A reportagem voltou a questionar a Polícia Civil no dia 5 de junho deste ano, um ano após o acidente. Na ocasião, nenhuma resposta foi dada. Novamente, procuramos a PC nessa segunda-feira (25/09). De novo, não houve atualização sobre a investigação. 

 

Procuramos a família de Francisco Venâncio. No entanto, até o fechamento da reportagem, não conseguimos contato com os parentes da vítima.  

Laudo da Tusmil apresentou falha humana 

Dias depois do acidente, a Tusmil divulgou que contratou um perito para analisar o acidente que causou a morte de Francisco Venâncio. O laudo assinado por Francisco de Assis Mouro apontou que houve falha humana no acidente. 

 

“O evento sob estudo decorreu da imperícia e do desatento procedimento por parte do condutor do veículo 504 [que atropelou Francisco], que não acionou a alavanca de freio de estacionamento [freio de mão], que, desta forma, impediria o deslocamento de recuo e descida pela rampa”, diz trecho do relatório, conseguido pela reportagem.

 

A morte de Francisco Venâncio foi o estopim para que a prefeitura de Juiz de Fora rompesse o contrato com o Consórcio Manchester. Depois de 60 anos, a Tusmil parou de prestar serviço de transporte coletivo na cidade. As linhas do consórcio foram absorvidas pelo Consórcio Via JF, que também administrava o transporte coletivo no município. 

 

Passados 15 meses, a Tusmil deixou de prestar o serviço, o Consórcio Via JF se tornou o único a operar na cidade e a morte do motorista ainda não foi esclarecida pela Polícia Civil.

FONTE: Estado de Minas

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