Autoridades do México anunciam detenção de nove policiais por caso Ayotzinapa

23 mar 2023
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Autoridades mexicanas anunciaram a detenção de nove policiais no estado de Guerrero, sul do país, por suposta responsabilidade no desaparecimento dos 43 estudantes de uma escola de Ayotzinapa em 2014, informou o governo na quarta-feira.

As detenções foram efetuadas em colaboração com a Procuradoria Geral da República do México (FGR) e com o apoio da secretaria da Marinha, afirmou a secretaria de Segurança Pública de Guerrero em um comunicado.

"A Agência de Investigação Criminal (da FGR) cumpriu a ordem contra sete elementos da Polícia Estadual e dois agentes da Polícia Preventiva do município de Iguala", onde aconteceu o desaparecimento, acrescenta a nota.

Na semana passada, o presidente Andrés Manuel López Obrador pediu à comunidade judaica do México que intercedesse junto ao governo de Israel para a entrega de Tomás Zerón, ex-chefe de polícia que também é investigado pelo desaparecimento dos estudantes.

Em janeiro, o governo dos Estados Unidos deportou para o México um ex-policial também envolvido no crime.

As investigações do caso Ayotzinapa, um dos mais representativos da crise de desaparecimentos no México com quase 108.000 casos desde 1964, foram prorrogadas devido à reclamação dos parentes dos estudantes, que rejeitaram as investigações realizadas durante o governo do ex-presidente Enrique Peña Neto (2012-2018).

Durante o mandato de López Obrador, novas investigações foram iniciadas e o governo criou uma comissão da verdade para esclarecer possíveis responsabilidades do Estado mexicano.

Os alunos desapareceram entre a noite de 26 de setembro e a madrugada de 27 de setembro de 2014, quando tentavam viajar de Iguala para a Cidade do México, onde participariam em manifestações.

Os jovens foram detidos por policiais em conluio com narcotraficantes do cartel 'Guerreros Unidos', que assassinaram os jovens depois que os confundiram com membros de uma quadrilha rival, segundo a versão oficial divulgada na época.

Os militares mexicanos têm parte da responsabilidade por suas ações ou omissões no desaparecimento, afirmou um relatório da comissão da verdade divulgado em agosto.


FONTE: Estado de Minas


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