Blogueiros militares russos se dividem sobre reação de Putin ao grupo Wagner

28 jun 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

Fraqueza ou "sangue frio"? Cada vez mais influentes desde o início do conflito na Ucrânia, os blogueiros militares russos estão divididos sobre a reação do presidente Vladimir Putin à rebelião do grupo paramilitar Wagner.

Após o levante que abalou o Kremlin na sexta-feira e no sábado, Putin denunciou uma "traição", mas disse que os manifestantes podem voltar à vida civil, ingressar no Exército, ou ir para o exílio em Belarus.

"Todos pensamos" que a resposta de Putin "estaria ligada a armas nucleares, uma mobilização geral, ou a declaração de guerra à Otan?", escreve o correspondente de guerra Alexandre Sladkov, seguido por mais de um milhão de assinantes do Telegram.

"Graças a Deus ele manteve a calma", diz o blogueiro, um apoiador do Kremlin.

Mas a ausência de castigo para os rebeldes - enquanto muitas pessoas apodrecem na prisão por tuítes críticos à ofensiva na Ucrânia - é interpretada por analistas como uma admissão de fraqueza.

Putin se esforça para mostrar que está no comando. Na terça-feira (27), prestou homenagem aos militares que, segundo ele, impediram uma "guerra civil".

Uma cerimônia injustificada para alguns blogueiros, já que os combatentes do Wagner capturaram vários sítios militares em Rostov-on-Don (sudoeste) antes de viajarem várias centenas de quilômetros até Moscou sem encontrar grande resistência.

"A polícia militar e as forças especiais que deveriam proteger o Estado-Maior do distrito militar do sul (em Rostov) simplesmente desapareceram" com a chegada dos amotinados, destacou o blogueiro Battle_Z_Sailor, seguido por 63.000 assinantes.

"Nem uma única palavra sobre o que causou este tumulto", ou para dizer que "as reivindicações dos manifestantes serão examinadas", diz o autor do blog Govorit Topaz, com quase 100.000 seguidores.

Para o blogueiro Ribar, seguido por 1,2 milhão de assinantes, "tudo é conciso e claro" na mensagem presidencial.

"A única coisa que permanece incerta é o destino da Rússia", enfatiza.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO