Carro de deputado do RJ é abordado pela PM em Juiz de Fora; ele alega truculência, e polícia afirma que motorista não obedeceu ordem de parada

30 maio 2023
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Parlamentar estadual Júlio Rocha afirmou que motorista dele foi agredido na madrugada de domingo (28). Já a Polícia Militar diz que veículo que estava na região do estádio não parou, aumentou a velocidade e entrou na contramão. Deputado estadual Júlio Rocha

Redes Sociais/Reprodução

O deputado estadual do Rio de Janeiro Júlio Rocha (Agir), de 39 anos, e outras três pessoas que saíram de uma festa em Juiz de Fora foram abordados pela Polícia Militar (PM) e, segundo a corporação, desacataram a ordem de parada avançando pela contramão.

O g1 entrou em contato com o deputado, que informou em nota que não havia nenhuma blitz da PM, mas sim um baseamento em uma rotatória. Disse, ainda, que não houve ordem de parada para o carro em que estava.

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O caso foi registrado na madrugada do domingo (28).

Conforme informações da PM, os militares atuavam nas ruas José Apolônio dos Reis e Liduíno Vieira dos Reis, região de saída da Festa Country, realizada no Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, quando se depararam com o veículo, que trafegava com dispositivos luminosos e sonoros, semelhante a um giroflex.

Ainda conforme a polícia, o veículo estava com película automotiva nos vidros e era ocupado por ele, o motorista, de 28 anos, além de outras duas jovens, de 21 e 26 anos. "A guarnição avistou um veículo... ...com placa comum, não sendo associado a nenhum carro oficial", informou em nota a Polícia Militar.

Conforme a PM, foi dada ordem de parada, mas o motorista desobedeceu e "imprimiu maior velocidade, atingindo a contramão e gerando perigo a outros veículos e pedestres". Após mais de um quilômetro, o carro foi abordado. A polícia ainda disse que durante as buscas ao veículo foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas e bem como copos usados. A polícia afirmou que todo o procedimento foi registrado pelas câmeras operacionais portáteis.

Já o deputado Júlio Rocha disse que o veículo em que estava havia parado um pouco à frente, próximo a UPA, para pedir informações, quando uma viatura da Polícia Militar parou para fazer a abordagem. "A priori eram somente três agentes, que desceram já da viatura de forma agressiva, e já agredindo o motorista que conduzia o veículo. A forma truculenta continuou mesmo quando eu me identifiquei-me como parlamentar".

Ainda em nota oficial, a PM disse que o deputado havia informado que o carro em que estava era alugado para uso oficial, mas que, ao ser questionado sobre o uso do veículo para fins de lazer, o parlamentar não apresentou justificativa.

Ainda segundo Júlio Rosa, mesmo se identificando como parlamentar, a abordagem agressiva continuou e um agente teria dito: "Tá pensando que aqui é a polícia do Rio?"

O parlamentar disse ainda que toda a documentação de identificação pessoal e veicular foi apresentada, mesmo assim foram "Revistados de formas vexatória onde chutaram nossos pés para abertura das pernas, com armas destravadas apontadas para nossas cabeças. Em pouco minutos chegaram mais de sete viaturas, entre carros e motocicletas, com aproximadamente cerca de 15 agentes. Parecia que a operação tinha um só objetivo, exposição ao ridículo”, afirmou em nota.

O condutor, de acordo com a PM se negou a fazer o teste de etilômetro, ele foi autuado e enquadrado nas infrações de "desobediência à ordem de parada do agente, uso irregular de dispositivos luminosos/sonoros e da película, bem como na direção perigosa, configurada como crime de trânsito."

Ainda segundo a polícia, o autor também recebeu voz de prisão por desobediência e foi conduzido à delegacia. Na unidade, ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi liberado.

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FONTE: G1 Globo

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