Chris Licht deixa cargo de CEO do canal CNN

07 jun 2023
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Após semanas de conflito na redação da CNN, o canal anunciou nesta quarta-feira que o CEO Chris Licht deixará o cargo de chefe desta rede americana de notícias.

Chris Licht assumiu o canal em maio de 2022, após a saída repentina do chefe Jeff Zucker, que não havia revelado à administração sobre seu relacionamento amoroso com uma executiva da CNN.

Desde então, Licht tenta relançar o mais antigo canal de notícias dos Estados Unidos, que perdeu audiência na concorrência com seu rival conservador Fox News e com o MSNBC, que segue uma linha editorial de esquerda.

O ex-diretor executivo realizou várias mudanças na programação, sem sucesso até agora. Ele tentou algumas manobras na mídia, como exibir um show ao vivo com o republicano Donald Trump, acompanhado por uma audiência de estúdio, em meados de maio.

Este programa foi, entretanto, mal recebido pela redação, que o considerou uma plataforma sem reservas para o ex-presidente americano (2017-2021), ao atingir uma audiência composta em sua maioria por apoiadores de Trump.

Além disso, o efeito do programa na audiência durou pouco, já que alguns dias depois o ranking de audiência diária indicou que a CNN ficou atrás do pequeno e conservador canal Newsmax.

A posição de Chris Licht piorou, após a publicação de um longo artigo na revista The Atlantic, que destacou na semana passada a clara divisão entre a parte administrativa e seus funcionários.

"A tarefa não foi fácil, especialmente em um momento de grande agitação e transformação, e ele (Licht) colocou seu coração nisso", disse em uma nota interna David Zaslav, CEO da Warner Brothers Discovery, empresa matriz da CNN, à qual a AFP obteve acesso.

"Infelizmente as coisas não correram como esperávamos e no final assumo a responsabilidade por isso", acrescentou.

A emissora informou que ainda não foi escolhido um substituto para Chris Licht.

No entanto, a CNN contará com uma equipe interina formada por três vice-presidentes, que já fazem parte do grupo para assuntos editoriais, e duas pessoas para a parte comercial.


FONTE: Estado de Minas


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