EUA impõe sanções ao grupo Wagner na África

27 jun 2023
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Os Estados Unidos impuseram, nesta terça-feira (27), sanções para interromper as atividades de extração de ouro que financiam o grupo paramilitar Wagner na África.

As sanções afetam a mineradora Midas Resources, proprietária de minas na República Centro-Africana, e a empresa Diamville, especializada em transações de ouro, ambas controladas pelo líder dos paramilitares, Yevgeny Prigozhin, segundo o Departamento do Tesouro americano.

As medidas também têm como alvo outra empresa, a Industrial Resources General Trading, com sede em Dubai, acusada de administrar transações em nome da Diamville.

"O Grupo Wagner financia parcialmente suas operações brutais explorando recursos naturais em países como República Centro-Africana e Mali", expressou o responsável do Tesouro por sanções, Brian Nelson. "Os Estados Unidos continuarão mirando nas fontes de receita do grupo Wagner, para dificultar a sua expansão e violência na África, Ucrânia e em qualquer outro lugar".

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, havia anunciado hoje que Washington iria impor novas sanções ao Wagner, mas assinalou que as mesmas não têm relação com a tentativa de rebelião do último fim de semana, nem com a guerra na Ucrânia.

Os Estados Unidos não querem que pareça que favorecem um dos lados na luta pelo poder entre Yevgueni Prigozhin e o presidente russo, Vladimir Putin.

Miller voltou a criticar os paramilitares do Wagner, acusados de atrocidades no Mali e na República Centro-Africana. "Acreditamos que, aonde quer que o Wagner vá, semeia morte e destruição pelo caminho. Prejudica as populações locais, extrai minerais e tira dinheiro das comunidades onde atua. Por isso, seguimos pedindo aos governos da África e de outros locais que encerrem qualquer cooperação com o Wagner", declarou Miller.

No mês passado, o órgão de defesa dos direitos humanos da ONU disse que forças estrangeiras - identificadas pelos EUA como o grupo Wagner - estiveram envolvidas no massacre de pelo menos 500 pessoas na cidade de Moura, no centro do Mali, em março de 2022.


FONTE: Estado de Minas


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