Família estranha sumiço de arma de escrivã que estava em apartamento

28 jun 2023
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A família da escrivã Rafaela Drumond visitou, na tarde desta quarta-feira (28/6), o apartamento onde a jovem morava em Carandaí, na Região do Campo das Vertentes, e não encontrou a arma usada por ela. Rafaela tinha 31 anos e morreu no dia 9 deste mês, na casa dos pais, na cidade de Antônio Carlos, na mesma região.
 
Com a autorização da Polícia Civil, a família foi até a residência para pegar objetos pessoais de Rafaela e procurar pela arma de fogo, que ela levava no dia a dia na cidade.
Segundo o pai da escrivã, Aldair Drumond, a casa foi vasculhada pela família e nada foi encontrado. “Fui autorizado a vir no apartamento da minha filha para pegar as coisas. Muito esquisito isso tudo. Não achamos a arma de forma alguma”, contou.
Aldair também questionou o fato de a chave do apartamento ter sido encontrada no corredor do prédio e entregue em uma padaria próxima por um vizinho. “Chegamos com as chaves que ela deixou e não conseguimos entrar. Procuramos a síndica e uma vizinha disse que a chave foi encontrada no corredor e entregue em uma padaria. É muito esquisito essa chave ter sido entregue dois dias antes de ela atentar contra sua vida”, disse.

Relembre o caso

Rafaela Drumond, de 31 anos, foi vítima de suicídio. Na sexta-feira (9), ela estava na casa dos pais, na cidade de Antônio Carlos, na região do Campo das Vertentes, quando tirou a própria vida.
A escrivã trabalhava em uma delegacia em Carandaí. Nos últimos meses, Rafaela teve mudanças em sua personalidade, passando a ficar mais retraída e calada, segundo a família. O fato chegou a incomodar os pais, que, após uma conversa com ela, foram informados de que ela estava estudando para um concurso de delegada da Polícia Civil. 
Semanas antes do ocorrido, Rafaela chegou a denunciar casos de assédio moral e sexual dentro da delegacia em que era lotada. Imagens e áudios que circulam nas redes sociais mostram relatos da policial que, em alguns deles, detalha os assédios que sofria.

Ela também reclamava das escalas de trabalho e da falta de folgas. “Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele começou a falar na minha cabeça, e eu ficava com cara de deboche, não respondia esse grosso. De repente ele falava que polícia não é lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos áudios.


FONTE: Estado de Minas

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