Homem consegue reconhecimento de paternidade aos 37 anos

07 jun 2023
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Um homem, morador de Belo Horizonte, conseguiu o reconhecimento de paternidade aos 37 anos. A história, compartilhada nessa terça-feira (6/6), foi possibilitada pelo Núcleo de Voluntariado e do Comitê PopRua/Jus, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), responsável por realizar o  monitoramento das pessoas em situação de rua.   
A possibilidade do reconhecimento surgiu quando João Paulo, ex-morador de rua, falava nas rodas de conversa do Instituto de Apoio e Orientação a Pessoas em Situação de Rua (Inaper) que sempre teve o sonho de ter o nome do pai registrado na certidão de nascimento.
Esse relato chamou a atenção da coordenadora do Inaper, Angélica Lugon, que procurou a coordenadora do Centro de Reconhecimento de Paternidade (CRP), Maria Luiza Andrade Rangel Pires. Ela orientou Angélica sobre as providências que deveriam ser tomadas.

Início da jornada 

No mesmo dia, João Paulo entrou em contato com o CRP para iniciar o processo de reconhecimento de paternidade. Ele contou que, ainda criança, já havia tentado aproximação com o pai, chamado Laurentino, cobrando dele o nome na certidão, mas o homem demonstrou resistência e o repreendeu, dizendo que não deveria se envolver em assuntos de adulto.
 
Por causa disso, João deixou a história de lado por muitos anos até que descobriu, já adulto, que o pai havia falecido. Ele, então, se prontificou a procurar o cartório e obter uma cópia da certidão de óbito do pai. 
Para sua surpresa, o documento havia sido registrado por um dos filhos, chamado Edson, um ex-militar de quase 70 anos de idade. Então João procurou o endereço do suposto irmão, mas não o encontrou pessoalmente. Os dois até chegaram a conversar por telefone, mas não conseguiram uma oportunidade para confirmar a paternidade.
Assim, depois do acionamento do CRP, uma equipe do órgão entrou em ação e contatou o suposto irmão de João, conseguindo marcar a coleta de material para realização do exame de DNA. 

Encontro

 

O encontro entre João e seu irmão biológico aconteceu em março deste ano, por intermédio do do Núcleo de Voluntariado e do Comitê PopRua/Jus, do TJMG. 
 
Os dois se encontraram pela primeira vez já na na clínica onde seria realizado o exame. Na ocasião, os irmãos conversaram sobre as memórias que cada um guardava sobre o pai, descobriram coincidências e similaridades de comportamento entre eles e foram cumprir o principal objetivo: realizar o teste de DNA para comprovar o parentesco.
Nesta semana, saiu o resultado do teste de DNA, que foi divulgado pelo CRP. O exame comprovou o parentesco entres os imãos por parte de pai. O momento foi de comemoração para João Paulo, que se emocionou por finalmente fechar um capítulo em sua vida ao comprovar a paternidade negada pelo pai enquanto estava vivo, e ainda ganhar um irmão.

Conheça o CRP

O Centro de Reconhecimento de Paternidade (CRP) de BH fica na Avenida Afonso Pena, 2.300, no 9º andar. Para entrar em contato, os interessados podem ligar para (31) 3330-4365/4366 ou enviar mensagem para o e-mail pai-presente-bhe@tjmg.jus.br.

O CRP atende qualquer demanda que englobe os cenários abaixo:

O Centro de Reconhecimento de Paternidade (CRP) de Belo Horizonte atende as mães que desejam ter o reconhecimento da paternidade do filho; os filhos, maiores de 18 anos, que desejam que o pai o reconheça;  o pai que pretende reconhecer a paternidade do descendente, criança ou adulto.Nos casos de pai falecido ou ausente, recuperando (preso), maior de 70 anos ou que resida fora da RMBH serão analisados pelo Juízo, sendo necessária a presença, no CRP, da mãe ou do filho maior de 18 anos.

FONTE: Estado de Minas

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