Justiça revoga liberdade provisória do delegado Rafael Gomes

13 set 2023
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Ele havia sido preso durante a Operação 'Transformers' em Juiz de Fora, mas solto em junho deste ano após um recurso interposto pela defesa. Delegado Rafael Gomes em Juiz de Fora, foto de arquivo

Polícia Civil/Divulgação

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a revogação da liberdade provisória do delegado afastado Rafael Gomes. Ele havia sido preso durante a Operação “Transformers” em Juiz de Fora, mas solto em junho deste ano após um recurso interposto pela defesa.

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O mandado de prisão foi acatado pela 1ª Vara Criminal da cidade, contudo ainda não foi cumprido. O advogado de defesa do investigado Luiz Eduardo Lima informou ao g1 nesta quarta-feira (13) que recorreu à decisão.

A medida também é válida para os outros investigadores da equipe dele, que também foram soltos no decorrer do processo.

Outros detalhes não foram divulgados, pois o caso corre em segredo de Justiça, conforme o STJ.

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Operação 'Transformers'

A ação desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) teve objetivo de desmantelar uma organização criminosa investigada por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, roubo, receptação e adulteração veicular em Juiz de Fora e região.

De acordo com o MPMG, o grupo seria responsável pelo fornecimento e abastecimento de entorpecentes para traficantes da Zona da Mata mineira. Entre os núcleos, haveria setores responsáveis pela:

logística, que envolvia o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;

setor financeiro, que cuidava da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;

setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;

núcleo de liderança, que coordenava e controlava as atividades.

Ao todo, a movimentação financeira do grupo teria sido em torno de R$ 1 bilhão.

Segundo o processo, Rafael Gomes, com passagem pela Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, e outros seis investigadores da equipe, recebiam pagamentos frequentes, ao que tudo indica, de R$ 30 mil.

Ligações telefônicas também apontam pagamento em torno de R$ 500 mil para que uma investigação não associasse o chefe do grupo ao tráfico de drogas e para que entorpecentes apreendidos fossem liberados.

O pagamento das taxas aos agentes públicos “blindavam” membros da organização criminosa, conforme o documento. Este seria, inclusive, a razão pela qual a quadrilha atuava por tanto tempo, de forma estruturada e dividida, em torno de 5 anos, sem ser descoberta.

LEIA MAIS SOBRE O ASSUNTO:

DECISÃO: Delegado Rafael Gomes tem ordem de soltura concedida pelo STJ

RELEMBRE: Quadrilha suspeita de movimentar quase R$ 1 bilhão é alvo de 250 mandados em MG

VEJA: Quem é o delegado de narcóticos suspeito de integrar quadrilha de tráfico de drogas que pode ter movimentado até R$ 1 bilhão

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FONTE: G1 Globo

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