Mali pede retirada da missão da ONU no país

16 jun 2023
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O Ministro das Relações Exteriores do Mali solicitou nesta sexta-feira (16), perante o Conselho de Segurança da ONU, a "retirada imediata" da missão das Nações Unidas (Minusma) em seu território, denunciando seu fracasso em responder aos desafios de segurança.

"O governo do Mali pede a retirada imediata da Minusma", afirmou o ministro Abdoulaye Diop aos membros do Conselho, que devem se pronunciar em 29 de junho sobre a renovação do mandato da missão, que expira no final do mês.

"No entanto, o governo do Mali deseja cooperar com as Nações Unidas nesse sentido", acrescentou Diop, ao mesmo tempo em que rejeitou qualquer possibilidade de modificação do mandato da missão, como proposto pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

"A Minusma parece ter se tornado parte do problema ao alimentar tensões exacerbadas nas comunidades com declarações extremamente graves que prejudicam a paz, a reconciliação e a coesão nacional no Mali", acrescentou o ministro.

Renovar ou não a missão "é uma decisão que o Conselho de Segurança deve tomar", disse El Ghassim Wane, chefe da Minusma, que conta com mais de 12.000 militares e policiais.

Mas a missão de "manutenção da paz baseia-se no princípio do consentimento do país anfitrião e sem essa permissão as operações são quase impossíveis", disse ele à imprensa.

Guterres apresentou em janeiro três opções: um aumento no número de efetivos, uma retirada total das tropas caso as condições-chave não fossem cumpridas - especialmente a livre circulação dos Capacetes Azuis - e o avanço de uma transição política.

No início desta semana, ele finalmente recomendou ao Conselho uma solução intermediária: uma "reconfiguração" da missão, concentrando-a, com efetivos constantes, em um número limitado de prioridades.

A reunião de sexta-feira mostrou mais uma vez as divisões no interior do Conselho em relação ao futuro da Minusma, criada em 2013 para ajudar a estabilizar um Estado ameaçado de colapso sob pressão jihadista, a fim de proteger os civis, contribuir para a paz e defender os direitos humanos.


FONTE: Estado de Minas


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