Parlamentares do mundo assinam no Chile pacto para lutar contra a fome

16 jun 2023
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Parlamentares de 64 países assinaram nesta sexta-feira (16), no Chile, um pacto global para combater a fome, que atinge 828 milhões de pessoas em todo o mundo.

Convocados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 150 parlamentares reuniram-se por dois dias na sede do Parlamento chileno, na cidade de Valparaíso, 120 km a oeste de Santiago. Além disso, dezenas de outros congressistas participaram remotamente.

Ao final do encontro, eles assinaram um pacto global para impulsionar legislações que favoreçam a luta contra a fome e a desnutrição em cada um de seus países.

Também foi acordado consolidar e criar mais alianças parlamentares para promover a troca de experiências nessa área e garantir iniciativas para alcançar o direito à alimentação e nutrição.

"Trata-se de avançar para outra fase de interação entre os parlamentos, que precisam assumir uma responsabilidade cada vez maior", disse Mario Lubetkin, subdiretor-geral da FAO, à AFP.

Segundo as Nações Unidas, em 2021, a fome afetou 828 milhões de pessoas, 46 milhões a mais do que em 2020 e 150 milhões a mais do que em 2019, um aumento explicado por conflitos armados, ameaças climáticas e pela pandemia de covid-19.

"A cada dia, 8.500 crianças morrem no planeta devido à desnutrição. Enquanto estamos neste espaço, há uma pessoa no mundo que ficou sem comida", disse a deputada chilena Carolina Marzán, presidente da Frente Parlamentar Contra a Fome no Chile.

De acordo com a FAO, a fome afeta especialmente as mulheres. Em 2021, 31,9% delas sofriam de insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 27,6% dos homens.

A inauguração da reunião na quinta-feira contou com a presença do presidente chileno, Gabriel Boric, que lamentou o grande número de pessoas passando fome hoje.

"Se houver uma única pessoa passando fome, já deveria ser escandaloso, mas são 828 milhões de pessoas", disse Boric.

Espera-se que os parlamentares se reúnam novamente em 2026, na África, para avaliar os avanços alcançados após esta segunda cúpula.


FONTE: Estado de Minas


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