Pipas presas na rede elétrica já deixaram 276 mil imóveis sem luz em 2023

07 jul 2023
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A Cemig registrou cerca de 960 ocorrências com a rede elétrica causadas por pipas no estado de Minas Gerais nos primeiros 6 meses de 2023. Cerca de 276 mil imóveis foram prejudicadas pela brincadeira. 
Do total de ocorrências, aproximadamente 500 quedas de energia causadas por pipas ocorreram na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Foram 164 mil unidades consumidoras com interrupção no acesso à luz.

Segundo gerente de segurança do trabalho da Cemig Lauro Fernando Ribeiro, a prática de soltar papagaio é incompatível com grandes cidades – e pode inclusive ter consequências graves. "Hoje em dia, com a grande quantidade de redes de distribuição nos centros urbanos, a brincadeira de soltar pipas nesses locais ficou inviável. Caso a pipa fique presa em um componente da rede elétrica, a pessoa pode tomar um choque de até 13.800 volts. Por isso, é fundamental que os pais orientem seus filhos para evitar acidentes que podem até matar", destaca Ribeiro.

A recomendação, portanto, é da brincadeira ser feita em campos, longe de qualquer rede elétrica, e que não se tente resgatar objetos entre fios.

 
O gerente da Cemig também pontua que incidentes com pipas são o principal motivo de problemas com a rede de distribuição de energia. "As redes de distribuição e transmissão, bem como as subestações da Cemig, são construídas dentro dos padrões das normas técnicas brasileiras com características e distanciamentos que são seguros. Dessa forma, a aproximação indevida para retirar pipas presas à rede e o uso de cerol e linha chilena são os principais motivos de acidentes com a rede elétrica da companhia", alerta.
 

A lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no Estado. A legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019. A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 3.590 a R$ 179 mil (em casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais são notificados da autuação e o caso é comunicado ao Conselho Tutelar.

*Estagiário sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa 


FONTE: Estado de Minas

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