Polícia Civil investiga suspeita de lesão corporal contra criança em escola particular de Juiz de Fora

19 jun 2023
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Mãe conta que ao buscar a filha viu que ela estava com uma marca roxa no braço direito; rede de ensino diz que auxiliar de disciplina viu as marcas vermelhas no corpo da criança no momento do banho e que avisou a família. Policia Civil abriu inquérito para apurar o caso. Menina ficou com marcar no braço direito.

Arquivo Pessoal

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga a suspeita de lesão corporal contra uma menina de 1 ano e 11 meses em Juiz de Fora. Para a mãe, que registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Militar no dia 18 de maio, o caso ocorreu no dia anterior, enquanto a filha estava em uma escola de educação infantil. O g1 optou por não citar o nome da mãe e da escola para preservar a criança.

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Segundo informações do BO, ao buscarem a filha na creche, no dia 17 de maio, os pais tomaram ciência de que ela se encontrava com uma marca roxa no braço direito, sendo informados pelos funcionários de que os mesmos não sabiam quando a lesão havia acontecido, e que a menina não havia chorado.

De acordo com declaração da mãe, a enfermeira da instituição informou que no horário do banho, às 10h, a aluna já se encontrava com a marca. No BO, a mãe informou que deixou a criança no colégio por volta das 9h.

"Segundo ela, era uma marquinha vermelha na hora do banho, mas ao longo do dia foi ficando a marca mais forte", afirmou a mãe em entrevista dada ao g1 nesta segunda-feira.

De acordo com nota enviada ao g1, a rede de ensino, responsável pela unidade escolar, informou que trabalha na apuração do caso juntamente à família e aos órgãos públicos de investigação, "Para que o caso seja solucionado o quanto antes e as devidas providências sejam tomadas, de forma que, independentemente de quem seja, o responsável seja punido."

O colégio confirmou que no dia 17 de maio, uma das auxiliares de disciplina viu marcas vermelhas no corpo da criança no momento do banho, e que a família foi avisada no mesmo dia sobre a escola ter percebido as manchas e também questionada se tinha conhecimento a respeito delas.

Marcas no braço da menina de 1 ano e 11 meses.

Arquivo Pessoal

Ainda na declaração dada à PM, a mãe da menina informou que procurou a instituição e solicitou imagens das câmeras de segurança da escola, mas que a instituição se recusou a fornecer naquele momento.

"Eles me mostraram dois dias depois, no dia 20 de maio e foi apenas um trecho pequeno da minha filha e outra criança disputando um brinquedo".

No entanto, a mãe afirma que apenas parte das imagens foi divulgada e que a família gostaria do arquivo na íntegra.

"Solicitamos medida cautelar para retirada completa das imagens, pois ainda não sabemos quais imagens foram entregues, se foram na íntegra ou não", disse a genitora.

Já o colégio informou que após a criança ter retornado à escola, a família solicitou acesso às imagens das câmeras e que a instituição liberou para a mãe da menina que foi até a unidade e assistiu aos vídeos no dia 19 de maio. O colégio afirma que nas imagens não foram encontradas nenhuma ocorrência dentro da instituição de ensino que se correlacionasse às manchas vermelhas que a aluna apresentou. As imagens foram entregues à Polícia Civil pela escola, no dia 5 de junho.

"Não sei se vai constar essa parte da entrega das imagens, mas na hora que a técnica de enfermagem foi levantar a blusa para me mostrar minha filha não deixava e quando eu vi eu fiquei em choque. Ela estava com o rosto vermelho e o olho inchado, como se tivesse chorado muito", finalizou a mãe.

O caso é investigado na 4ª Delegacia da Polícia Civil pelo delegado Luciano Frade. De acordo com a PCMG foi requerido exame pericial e os envolvidos vão prestar depoimentos.

Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente de Juiz de Fora, há um processo na Vara da Infância interposto pelo advogado da família, que segue sob segredo de Justiça.

O que disse a Rede de Ensino

"Desde o ocorrido, a equipe da escola está colaborando com a família (via aplicativo WhatsApp, telefone e presencialmente) e as autoridades com o intuito de que o caso seja esclarecido com transparência e de forma mais breve possível, para que as devidas providências sejam tomadas.

O ambiente escolar é monitorado por câmeras e todos os integrantes da comunidade educativa (colaboradores, pais, mães, alunos e familiares) têm a ciência de que estão sendo filmados dentro dos ambientes da escola.

Os responsáveis legais dos alunos têm acesso as imagens dos espaços externos e coletivos, em tempo real.

No dia 17 de maio, uma das auxiliares de disciplina viu, conforme descrito pela genitora da aluna, marcas vermelhas no corpo da criança no momento do banho. Na mesma data, a família foi avisada sobre a escola ter percebido as manchas e questionada se tinha conhecimento a respeito delas.

No dia seguinte, após a criança ter retornado a escola, a família solicitou acesso às imagens das câmeras. A escola se disponibilizou a apresentá-las para a genitora, que foi até a unidade e assistiu aos vídeos.

As imagens em questão foram entregues à autoridade policial, pela própria escola, no dia 5 de junho, de modo a deixar claro que a escola possui total interesse no esclarecimento da questão e na busca da verdade e da justiça. Nelas, não foram encontradas nenhuma ocorrência dentro da instituição de ensino que se correlacionasse às manchas vermelhas que aluna apresentou e que, com passar dos dias, se tornaram roxas.

Reafirmamos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os nossos alunos, o qual sempre foi prioridade da instituição ao longo de mais de 20 anos de existência.

Para nós, esse acontecimento é motivo de grande preocupação e requer uma abordagem séria e responsável.

Garantimos que continuaremos trabalhando na apuração do caso juntamente à família e aos órgãos públicos de investigação para que o caso seja solucionado o quanto antes e as devidas providências sejam tomadas, de forma que, independentemente de quem seja, o responsável seja punido."

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FONTE: G1 Globo

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