Relatório americano critica gestão da crise durante evacuações no Afeganistão

30 jun 2023
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Um relatório do Departamento de Estado americano divulgado nesta sexta-feira afirma que as evacuações de 2021 no Afeganistão ocorreram em meio a uma falta de clareza na tomada de decisões, e recomenda a nomeação de um funcionário do alto escalão para futuras crises.

As últimas tropas americanas organizaram uma evacuação desesperada do aeroporto de Cabul, depois que os talibãs venceram em semanas as forças afegãs treinadas pelo Ocidente. Além disso, 170 afegãos e 13 soldados americanos foram mortos no perímetro lotado do aeroporto.

O relatório elogia o resultado final, que permitiu a saída de 125.000 pessoas em poucos dias, entre elas 6.000 americanos, mas critica funcionários do governo do presidente democrata Joe Biden que não tomaram "decisões claras" com antecedência sobre que afegãos teriam que ser ajudados.

"As mudanças constantes nas diretrizes políticas e mensagens públicas de Washington aumentaram a confusão e, muitas vezes, não levaram em conta os fatos-chave no terreno", destaca o estudo, solicitado pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, elaborado há mais de um ano e divulgado hoje.

"As lições aprendidas já ajudaram a guiar nossas respostas na Ucrânia, no Sudão e em outros lugares", disse o chefe da diplomacia, em nota enviada aos funcionários do seu departamento. Entre as recomendações, o relatório pede ao Departamento de Estado que "isole o planejamento de contingências e a preparação para emergências das preocupações políticas".

Segundo um funcionário americano, que não quis ser identificado, partes do relatório são classificadas, por razões de segurança. Ele acrescentou que o Departamento de Estado já identificou pessoas que se encarregariam de gerenciar eventuais crises futuras.

O relatório aconselha que sejam desenvolvidos planos de evacuação de rotina. Segundo informações recentes divulgadas pela imprensa, os Estados Unidos iniciaram preparativos deste tipo para uma possível crise em Taiwan, o que a Casa Branca afirmou que não significa a iminência de uma guerra.


FONTE: Estado de Minas


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