Rússia acusa aliados de Navalny por assassinato de blogueiro

13 abr 2023
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O serviço de segurança da Rússia (FSB) relacionou, nesta quinta-feira (13), os responsáveis pela organização do opositor Alexei Navalny, que estão exilados, com a investigação sobre o atentado que acabou com a vida de um blogueiro militar favorável à invasão da Ucrânia.

Apresentada como simpatizante do movimento anti-Kremlin de Navalny, Daria Trepova, de 26 anos, foi acusada de carregar uma bomba que lhe teria sido dada pelo agente dos serviços ucranianos Yuri Denisov, de acordo com um comunicado divulgado pelo FSB. Este último teria abandonado a Rússia após o atentado.

O FSB, que reiterou a hipótese levantada desde o dia do assassinato, segundo a qual o ataque foi organizado pela Ucrânia em coordenação com a oposição russa, desta vez nomeou dois dos mais próximos aliados do opositor preso: Leonid Volkov e Ivan Zhdanov.

Em sua declaração, os serviços russos não acusam diretamente Volkov, ou Zhdanov, de estarem envolvidos no ataque, mas dão a entender que podem tê-lo inspirado, ou incitado.

O FSB ressalta que ambos, no exílio, já estão sendo investigados por "apelos ao terrorismo". Os serviços russos alegam, nesse sentido, que, desde o início da ofensiva contra a Ucrânia, "eles incitaram mais de uma vez atividades subversivas na Rússia".

O FSB afirmou ainda que a jovem acusada do assassinato do blogueiro militar Maxim Fomin, conhecido pelo pseudônimo de Vladlen Tatarskii, é defendida pelo advogado Dannil Berman. Este profissional representou vários críticos do presidente russo, Vladimir Putin, e o jornalista americano Evan Gershkovich, preso por espionagem.

"Querem [uma acusação de] terrorismo para que Navalny seja condenado a uma pena ainda mais forte", reagiu no Telegram Ivan Zhdanov, do Fundo de Combate à Corrupção (FBK), organização proibida na Rússia e ligada ao opositor.

Jdanov rejeitou as acusações do FSB e considerou que, na verdade, os serviços russos é que teriam orquestrado o assassinato do blogueiro.

Navalny foi preso no início de 2021 na Rússia e condenado a nove anos de prisão por fraude.


FONTE: Estado de Minas


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