Saiba como estão os presos de Juiz de Fora e região que participaram dos atos golpistas em Brasília

08 jan 2024
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Pelo menos cinco pessoas da Zona da Mata e Vertentes ficaram detidas em regime fechado após o dia 8 de janeiro de 2023. Um ano depois, apenas uma foi condenada e outras quatro ainda aguardam julgamento. Janela vandalizada no dia 8 de janeiro de 2023, foto de arquivo

Adriano Machado/Reuters

Um ano após os ataques às sedes dos três poderes da República em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro de 2023, cinco pessoas presas da Zona da Mata e do Campo das Vertentes estão em casa usando tornozeleira eletrônica. Apenas uma delas foi condenada e as outras quatro ainda aguardam julgamento. Todos os detidos das regiões chegaram a ficar em regime fechado.

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Os réus respondem por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração de bem especialmente protegido. Veja abaixo a situação de cada um deles.

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Jaqueline Freitas Gimenez, de 40 anos

Jaqueline Freitas Gimenez

STF/Reprodução

Presa logo após os atos antidemocráticos, é a única que passou por julgamento até agora, entre os detidos da Zona da Mata e Vertentes;

Ela foi condenada a 17 anos de prisão, no dia 17 de outubro do ano passado;

Por telefone, a família afirmou que a mulher está em casa, usando tornozeleira eletrônica.

Marcelo Eberle Motta

Marcelo Eberle Mota

Reprodução/Redes Sociais

Preso em Juiz de Fora no dia 27 de janeiro, ele saiu da cadeia ainda em dezembro de 2023;

Depois de quase um ano em regime fechado, ele aguarda julgamento em casa;

De acordo com o advogado de defesa, Marcelo Motta utiliza tornozeleira eletrônica, têm restrições de horário para sair de casa, não pode ir embora do país e não pode utilizar redes sociais;

Coordenador do movimento “Direita vive!” em Juiz de Fora, ele ficou conhecido por insultar e atrapalhar o trabalho de jornalistas.

Eduardo Barcelos

Eduardo Barcelos

Reprodução/Redes Sociais

As mesmas restrições de Marcelo Eberle Mota foram estabelecidas para o advogado de Cataguases, que também foi preso no dia 27 de janeiro e solto em 18 de dezembro;

Ele também aguarda julgamento em casa, utilizando tornozeleira eletrônica;

O advogado trabalhava como coordenador da assessoria jurídica da Santa Casa de Misericórdia da cidade onde reside;

Em resposta ao g1 no ano passado, o hospital disse que ele estava fora do horário de expediente e que, portanto, não representava a instituição.

Joanita de Almeida

Joanita de Almeida

Reprodução/TV Integração

Presa logo após os atos antidemocráticos, Joanita de Almeida ficou em regime fechado por cerca de 10 meses;

Conforme a advogada de defesa, ela está em casa, utilizando tornozeleira eletrônica, enquanto também aguarda o julgamento. O caso deve ser analisado a partir de fevereiro;

Joanita de Almeida era presidente da Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes, de Juiz de Fora. A instituição tinha contratos assinados com a Prefeitura como “empresa” parceira na prestação de serviço educacional em creches municipais.

Marco Túlio Rios Carvalho

Marco Túlio Rios, no centro da foto, com blusa branca na cintura

Adriano Machado / Reuters

O advogado de São João del Rei ficou 118 dias na prisão e saiu da cadeia em cinco de maio do ano passado;

Marco afirmou que também está usando tornozeleira eletrônica, enquanto ainda aguarda o julgamento;

Em uma foto feita pelo fotógrafo Adriano Machado, da Reuters, Marco Túlio foi flagrado em meio à depredação no Congresso Nacional. Ele aparece no centro da imagem, com uma blusa branca amarrada na cintura.

Atos em defesa da democracia

Em Juiz de Fora, partidos políticos e movimentos sociais realizaram, na tarde desta segunda-feira (8), o evento “Flores pela Democracia”, no calçadão da Rua Halfeld, no Centro da cidade.

Participantes confeccionaram flores artesanais e entregaram à população. Segundo os organizadores, foi um ato simbólico de tolerância, de combate ao ódio e de respeito à democracia.

Ato entregou flores no Centro de Juiz de Fora

Humberto Campos/TV Integração

O evento se uniu a outras manifestações realizadas pelo Brasil neste dia oito de janeiro de 2024, ocorridos paralelamente ao evento “Democracia Inabalada” promovido pelo Palácio do Planalto.

Um ano do dia 8 de janeiro

Em 8 de janeiro de 2023, milhares de vândalos invadiram e depredaram os palácios do Planalto, do Congresso e do STF. O Ministério Público Federal (MPF) calculou que os custos com o vandalismo ultrapassaram R$ 25 milhões — a maioria no Supremo.

Ao todo, 1.354 ações foram abertas no Supremo Tribunal Federal contra acusados de envolvimento com o ataque.

De acordo com um balanço divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (7), em um ano foram realizados 30 julgamentos e condenações dos participantes do ataque no país. As penas chegam a até 17 anos de prisão.

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Os outros julgamentos, segundo o STF, devem acontecer até abril deste ano. Ainda conforme o Supremo, foram feitos, ao longo deste tempo, 255 buscas e apreensões, 350 quebras de sigilo bancário e telemático e 81 prisões preventivas. Em dezembro de 2023, 70 pessoas ainda estavam detidas.

Ainda nesta segunda-feira (8), a Polícia Federal cumpriu mandados contra suspeitos de financiar e fomentar os atos golpistas na 23ª fase da Operação “Lesa Pátria”.

As ações ocorreram no Distrito Federal e em vários estados, como Bahia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins e Santa Catarina.

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FONTE: G1 Globo

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