Urânio que AIEA deu por desaparecido na Líbia foi recuperado (fonte militar)

16 mar 2023
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Os contêineres com 2,5 toneladas de urânio que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deu por desaparecidos em um local da Líbia foram recuperados, anunciou, nesta quinta (16), um militar no país do norte da África assolado pela guerra.

Os recipientes foram encontrados "a apenas 5 quilômetros" do lugar onde a agência nuclear ligada à ONU havia apontado o seu desaparecimento, indicou em um vídeo o comandante Jaled al Mahjub, pertencente às forças do homem forte do leste da Líbia, Jalifa Haftar.

O general publicou um vídeo no qual aparece um homem com um traje de proteção e contando, em inglês, dezoito contêineres azuis, ou seja, o conjunto de urânio armazenado ali.

"A situação está sob controle, a AIEA foi informada", declarou o general Mahjub à AFP.

Em sua publicação, o general afirmou que depois de que se constatou o desaparecimento dos contêineres durante uma visita dos inspetores da AIEA, "uma força armada do [Exército Nacional Líbio] os encontrou a apenas 5 quilômetros do depósito, em direção à fronteira com o Chade.

O Exército Nacional Líbio é a força de Jalifa Haftar.

Segundo o general Mahjub, os contêineres haviam sido roubados e logo abandonados "por uma facção chadiana, acreditando que se tratavam de armas ou de munições".

Aproveitando o caos e a porosidade das fronteiras, várias facções do Chade e sudanesas estabeleceram suas bases de retaguarda no sul da vizinha Líbia para suas atividades de tráfico.

A AIEA advertiu, nesta quarta (15), que umas 2,5 toneladas de urânio natural de um local da Líbia haviam desaparecido, segundo uma declaração enviada à AFP.

Na terça (14), os inspetores dessa agência da ONU descobriram durante uma visita "que dez contêineres com 2,5 toneladas de urânio natural em forma concentrada de urânio (UOC, também chamado "yellow cake") não estavam presentes onde haviam declarado as autoridade", indicou o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em um comunicado.

A AIEA apontou que realizaria investigações "complementares" para "esclarecer as circunstâncias do desaparecimento desse material nuclear e sua localização atual".


FONTE: Estado de Minas


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