Wall Street fecha em baixa após Fed anunciar nova alta dos juros

22 mar 2023
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A bolsa de Nova York recuou fortemente ao final da sessão desta quarta-feira (22), após o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciar um aumento modesto em suas taxas básicas de juros de 0,25 ponto percentual, menos agressivo para conter a inflação, no contexto de uma crise bancária.

Os índices, que vinham se mantendo ao longo do dia, caíram minutos antes do fechamento de Wall Street: o Dow Jones acabou registrando baixa de 1,63%, a 32.030,11 pontos; o tecnológico Nasdaq recuou 1,60%, a 11.669,96 unidades, e o S&P 500, 1,65%, a 3.936,97.

O Fed elevou suas taxas básicas de juros em um quarto de ponto percentual e destacou que prevê um único aumento na mesma proporção no curto prazo.

Agora, a taxa básica de juros no país se situa entre 4,75%-5,00%.

A inflação em 12 meses nos Estados Unidos moderou-se em fevereiro, a 6%, segundo o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

O Fed se ocupou da crise bancária e assegurou que os problemas do setor "provavelmente resultarão em condições de crédito mais apertadas para lares e empresas, e poderiam pesar na atividade econômica, no emprego e na inflação", segundo comunicado da instituição, divulgado ao final da reunião de seu Comitê de Política Monetária (FOMC), iniciada na terça.

"A amplitude dos efeitos [da crise bancária] é incerta", acrescentou o banco central americano.

O Fed reafirmou de toda forma que "o sistema bancário americano é sólido e resiliente".

O presidente da entidade, Jerome Powell, afirmou em coletiva de imprensa que todo o dinheiro de correntistas nos Estados Unidos está "seguro".

O Fed emprestou cerca de 164 bilhões de dólares (854 bilhões de reais) aos bancos em cerca de dez dias para que todos os clientes que desejarem sacar seu dinheiro possam fazê-lo. Além disso, emprestou US$ 142,8 bilhões (R$ 740 bilhões) às duas entidades criadas pelos reguladores americanos para gerenciar os ativos e os recursos do SVB e do Signature Bank. O primeiro banco a quebrar foi o Silvergate, há duas semanas.


FONTE: Estado de Minas


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