Estudantes de programa técnico continuam sem repasses de auxílio financeiro em Pouso Alegre, MG

14 nov 2023
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Situação se estende desde o primeiro semestre deste ano. Além de aulas gratuitas, eles deveriam receber um auxílio de R$ 20 por dia para os custos com alimentação e transporte. Estudantes reclamam da falta de repasse para alimentação do Programa Trilhas do Futuro

Alunos de uma escola de Pouso Alegre (MG), credenciada ao Programa de Educação Técnica do Governo de Minas Gerais (Trilhas do Futuro), não recebem o dinheiro da diária para alimentação e transporte há meses. O valor é de R$ 20 por dia. A situação se estende desde o primeiro semestre deste ano e, segundo a Secretaria de Estado de Educação, um processo administrativo punitivo instaurado contra a escola foi concluído.

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"Nunca recebi um centavo. Aí, a gente vai na secretaria para poder procurar saber a respeito do dinheiro, eles falam para gente fazer requerimento. A gente faz, mas não tem nenhuma resposta de quando vai ser atendido, quando que eles vão dar uma resposta do requerimento. Essa falta de respeito é muito grande. Você já vê que eles estão debochando da cara da gente", disse uma estudante que não quis se identificar.

Alunos de escola credenciada em programa de educação técnica reclamam da falta de repasses de auxílio em Pouso Alegre

Reprodução EPTV

Os alunos são estudantes de um curso técnico de enfermagem mantido pelo Governo de Minas na Escola Endex, em Pouso Alegre. Além de aulas gratuitas, eles deveriam receber um auxílio de R$ 20 por dia para os custos com alimentação e transporte.

Conforme a estudante Sandra Mara Moreira, a instituição não tem dado nenhum um retorno sobre o caso. Para ela, nessa situação quem sai perdendo - e muito - são os estudantes.

"Esse dinheiro ele faz falta, para uma gasolina, para uma alimentação, porque lá não tem uma lanchonete para a gente alimentar lá dentro mesmo. A gente tem que sair, se deslocar da escola para poder comer fora. Fica mais caro também. Então fica difícil. A gente precisa desse repasse da verba", relatou.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SES-MG) informou em nota que a comissão processante concluiu o processo administrativo punitivo instaurado contra a Escola de Negócios e Desenvolvimento de Excelência, a Endex. As aplicações das medidas cabíveis serão aplicadas pela Superintendência Regional de Ensino de Pouso Alegre, responsável pela gestão do contrato do Trilhas do Futuro na região, após a publicação no Diário Oficial de Minas Gerais.

A EPTV, afiliada TV Globo, questionou a Endex sobre a situação, mas até a última atualização da reportagem não havia nenhum retorno.

Situação que se estende há meses

O Projeto Trilhas do Futuro é um programa do governo estadual com cursos técnicos em várias áreas. As aulas são oferecidas por escolas públicas e privadas e são elas que recebem a verba do estado e repassam os valores aos alunos. Mas de acordo com os estudantes, isso não tem acontecido.

Em julho deste ano, a Secretaria Estadual de Educação informou, em nota, que a Endex recebeu duas verbas para a manutenção do programa: uma de R$ 8,9 milhões e outra de R$ 3,2 milhões. Os recursos, segundo a secretaria, foram enviados dentro do prazo. Um comitê foi criado para analisar a situação.

Alunos de escola credenciada em programa de educação técnica reclamam da falta de repasses de auxílio em Pouso Alegre

Reprodução EPTV

Ainda de acordo com a Secretaria Estadual de Educação, se as irregularidades fossem comprovadas, a Endex seria descadastrada do Programa Trilhas do Futuro. Neste caso, os alunos matriculados seriam realocados para outra instituição sem nenhum prejuízo pedagógico.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação, uma equipe da Superintendência Regional de Ensino de Pouso Alegre, que cuida das matrículas do programa na região, esteve na Endex no dia 22 de junho para apurar a situação.

Na data, a escola recebeu um prazo de 20 dias para comprovar os repasses financeiros do programa. Em nota, a escola Endex disse que nada havia sido apurado e que as informações ainda estavam sendo analisadas pelo próprio comitê.

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FONTE: G1 Globo


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