Alok diz que pai está em bunker e aguarda volta ao Brasil após presenciar bombardeio durante rave em Israel

09 out 2023
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DJ Juarez Petrillo era uma das atrações da festa eletrônica Universo Paralello, que foi bombardeada pelo Hamas no sábado (7); mais de 260 corpos foram encontrados no local. Rave ocorria no sul de Israel, em um local que fica a cerca de 300 metros da Faixa de Gaza. Pai de Alok filma festa sendo interrompida após ataque do Hamas em Israel

O DJ Alok informou nas redes sociais que o pai dele, DJ Juarez Petrillo, foi levado para um bunker e aguarda instruções para retornar ao Brasil após presenciar o bombardeio do Hamas no festival de música eletrônica "Universo Paralello", em Israel.

O evento era realizado desde sexta-feira (6) no deserto do sul de Israel, em um local que fica a cerca de 300 metros da Faixa de Gaza. Contudo, na manhã de sábado (7), a edição foi interrompida pelo ataque do grupo Hamas e mais de 260 pessoas morreram, segundo autoridades israelenses.

Petrillo era uma das atrações e chegou a filmar o momento em que o festival foi interrompido pelas bombas. No vídeo, que foi postado em sua rede social, é possível ver fumaça no céu e as pessoas se movimentando no local: "Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir…", disse. (veja acima).

"Em relação ao meu pai, ele está seguro em um bunker aguardando instruções para retornar ao Brasil. As minhas orações vão para as pessoas da região que são vítimas desta guerra cruel, bem como para as famílias que sofrem neste momento. Que tristeza!", escreveu Alok.

Juarez Swarup Petrillo, pai de Alok, filma festival sendo interrompido após ataque do Hamas em Israel - Goiás

Reprodução/Instagram

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O DJ ainda esclareceu que o pai não foi quem organizou o festival de Israel.

"Estou consternado e ainda chocado com o ataque covarde a milhares de pessoas inocentes através do uso de mais de 2.500 mísseis na invasão de vários pontos do sul de Israel. Como muitos de vocês sabem, meu pai esteve em um desses locais invadidos, e quanto ao seu envolvimento no evento, ele não é o organizador. Meu pai foi CONTRATADO para se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em vários outros países".

"A produtora israelense licenciou o uso da marca e organizou o evento de forma independente, tendo meu pai como uma das atrações. Historicamente, eventos acontecem na região e, no dia anterior, houve outro festival no MESMO LOCAL chamado Rising Spirit".

Juarez Swarup Petrillo, pai de Alok, filma festival sendo interrompido após ataque do Hamas em Israel - Goiás

Reprodução/Instagram

O que é o Universo Paralello?

Universo Paralello no Brasil em fotos nas redes sociais

Reprodução/Instagram

O evento brasileiro "Universo Paralello" foi criado no Brasil nos anos 2000 por Juarez Petrillo. A festa começou em Goiás, mas logo foi transferida para a Bahia, onde geralmente acontece na virada do ano na praia de Pratigi, de Ituberá.

Segundo a organização da rave brasileira, a marca costuma ser licenciada para outros países, com uma produtora local responsável pela organização e contratação dos artistas.

Com isso, o festival já aconteceu em países como a Índia, em 2015, e na França, em 2016, e entre 2022 e 2023, foram realizadas edições na Argentina, Espanha, Portugal, Tailândia e México.

Nas redes sociais, a organização brasileira publicou uma nota sobre o ataque em Israel.

"Estamos profundamente chocados com os últimos acontecimentos em Israel envolvendo ataques simultâneos sem precedentes em diversas regiões do país pelo Hamas. Como muitos de vocês sabem, o evento 'Tribe of Nova edição Universo Paralello' estava sendo realizado na região Sul, próximo a Faixa de Gaza no último dia 6, um dos lugares atacados", diz o comunicado.

"Israel é reconhecida mundialmente por grandes eventos de música eletrônica e o local é conhecido por realizar diversos deles, tondo no dia anterior acontecido um festival com o mesmo perfil no mesmo local."

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O paulistano Rafael Birman, de 30 anos, estava na rave Universo Paralello. Ao lado de outros quatro amigos, Birman narrou ao g1 cenas de horror que tiveram início às 6h da manhã do sábado (7), quando as bombas começaram a cair na região da festa.

“Pegamos uma estrada errada e demos de cara com o portão da fronteira. Foi quando terroristas armados começaram a atirar na gente e tivemos que fugir a pé, procurando abrigo junto com soldados baleados das Forças Israelenses. Vimos centenas de corpos nas ruas e gente ensanguentada, com carros que tinham acabado de ser atingidos por bombas”, contou Birman.

“Fomos salvos justamente pelos soldados israelenses que apareceram e começaram a revidar os tiros. Nunca passei tanto medo na minha vida. Um tiro de bazuca explodiu a menos de três metros da gente. Te juro, ali foi o momento que falei: ‘vamos morrer’. Mandei uma mensagem de áudio pra minha mãe dizendo que amava ela e avisando a senha do cofre”.

O carro que o grupo de Rafael estava era alugado e foi atingido por mais de 200 tiros, segundo ele.

6 horas em um bunker

Eles encontraram abrigo numa cidade pequena perto da fronteira, onde uma família camponesa judia com três filhos ofereceu o bunker - abrigo antibombas - da casa para acomodá-los.

“Eles abrigaram oito pessoas no bunker, por pura solidariedade. Ficamos pelo menos seis horas lá dentro e foi quando começamos a ter noção do tamanho desse ataque do Hamas e de como tivemos sorte de termos escapado com vida. Até agora as cenas das pessoas ensanguentadas, com carros explodidos e gritando ‘terroristas, terroristas’, não saem da minha cabeça”, disse o rapaz.

O paulistano Rafael Birman, de 30 anos, participava nesse sábado (7) da rave 'Universo Paralelo', quando os participantes foram surpreendidos por bombardeio do Hamas.

Reprodução


FONTE: G1 Globo


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